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NOVA REPÚBLICA SERIA PARA COMBATER A IMPUNIDADE, MAS A CORRUPÇÃO SE MOSTROU MAIS FORTE

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Marcus André Melo
Folha

Janio de Freitas argumentou, nesta Folha, em 2016, que a impunidade com relação a malfeitos era responsável pela perpetuação da corrupção no país. Como uma maldição, a falta de punição à corrupção fazia com que ela reaparecesse inclusive com os mesmos personagens.

Em 1987, o jornalista denunciara o conluio de empreiteiras na licitação Norte-Sul, fazendo publicar na Folha em linguagem cifrada o resultado do certame. Fizera o mesmo em relação a obras do metrô, entre outras no Rio de Janeiro: denúncias que entraram para a história como casos exemplares de jornalismo investigativo.

MOREIRA FRANCO – O comentário de Janio de Freitas mirava a nomeação do ex-governador Moreira Franco para a Secretaria Especial para a Privatização, pelo presidente Michel Temer, em meio a denúncias de que negociara com a principal empreiteira da Norte-Sul a concessão de um aeroporto, quando ocupava o Ministério da Aviação de Dilma Rousseff.

Janio também criticou o procurador do affair carioca e o então PGR, Sepúlveda Pertence, pela inação nos casos em que atuaram. O primeiro “enfurnou-o”; o segundo “despachou-o em silêncio para o arquivo morto. Foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal”.

A Nova República nasceu sob o signo do combate à impunidade. Clamava por mudança. Ulysses Guimarães denunciou-os: “Na ditadura pululam e ficam impunes os enxundiosos Faruks da corrupção” que estariam em toda parte: Capemi, Coroa-Brastel, Água Espraiada.

UDENISTAS DE MACACÃO – O foco na corrupção e abuso de poder levou Brizola a batizar o PT de “udenistas de macacão”. A Constituinte fortaleceu as instituições de controle. A esperança era que seus titulares fossem proativos, e não “engavetadores” de processos. E que magistrados também punissem quem não fosse “preto, pobre e puta”!

A punição exemplar de malfeitos no mensalão teve também efeitos tocquevilianos: em vez de aplacar, instigou a revolta. As manifestações refletiram uma combinação de malaise profunda com o sistema político por parte de cidadãos comuns e por parte da oposição, à esquerda e à direita.

 A afirmação de Millôr de que “acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder” encontra forte respaldo na literatura empírica.

O ex-juiz Sergio Moro que hoje é senador decidiu se contrapor aos ladrões do dinheiro publico no Brasil e hoje sofre uma perseguição implacável oriunda do Palácio do Planalto, antro da maior roubalheira que se tem conhecimento neste País, poderá até perder o mandato outorgado pelo povo.

2013 FOI UM ALERTA – A bandeira da luta contra a corrupção é empunhada contra quem tem a caneta para contratar, nomear e pagar.

Junho de 2013 foi um alerta de que as promessas da transição democrática não haviam sido cumpridas.

Mas a maldição de Janio de Freitas volta agora como uma assombração. Inclusive com os mesmos personagens. Mas é qualitativamente diferente: não se trata apenas de voltar ao status quo de impunidade pela anulação de condenações. Aqueles que ousaram mudar o estado de coisas estão sendo punidos.

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Um dia acordei para ‘jornalizar’ a vida com os meus leitores. Nesta época trabalhava no extinto jornal Tribuna do Ceará, de propriedade do saudoso empresário José Afonso Sancho. Daí me veio a ideia de criar o meu próprio site. O ponta pé inicial se deu com a criação do Caririnews, daí resolvi abolir este nome e torna-lo mais regional, foi então que surgiu O site “Caririeisso” e, desde lá, já se vão duas décadas. Bom saber que mesmo trabalhando para jornais famosos na época, não largava de lado o meu próprio meio de comunicação. Porém, em setembro de 2017 resolvi me dedicar apenas ao site “Caririeisso”, deixando de lado o jornal Diário do Nordeste, onde há sete anos escrevia uma coluna social…

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