Uma andorinha no céu passou e me revelou um segredo que poderá abalar as estruturas de poder na cidade de Juazeiro do Norte. Como a minha informante me contou esse “auê” político e não solicitou sigilo, fico então na módica condição de repassar esta informação para os meus queridos leitores.
Olha gente, cresci ouvindo de meus pais que tudo que se constrói nesta vida necessita ser através de bases sólidas, seguras, pois todo edifício para perdurar muito tempo tem que ter uma construção correta. Caso contrário, com certeza mais dias ou menos dias desmoronará.
Tomei conhecimento ontem à noite que o processo que pede a anulação da eleição para renovação da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, finalmente foi redistribuído para o juiz José Mazza Siqueira. Advogados romeiros entendidos de direito político por mim consultados, informaram-me que diante do processo oriundo do Ministério Público do Ceará pedindo a anulação da eleição que oficializou o vereador Antônio Vieira Neto, conhecido como Capitão Vieira, para a presidência da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, observou-se várias irregularidades. O pleito ocorreu no último dia 14 de março, após a morte da parlamentar que ocupava o cargo, a vereadora Yanny Brena, morta pelo namorado no dia três de março.
Diante disso e mais aquilo, fui informado que os postulantes da ação anulatória têm o direito sagrado, portanto, de serem atendidos nesta questão, afinal, a alegação muito bem consusbistanciada partiu de um grupo de vereadores de Juazeiro do Norte, argumentando que a eleição para a nova presidência ocorreu de forma irregular, não respeitando o regimento interno da Casa. A vaga deveria ser preenchida com nova eleição determinada pelo presidente da Câmara ou discutida no Plenário, com tempo de 72 horas antes da eleição para apresentação de chapas concorrentes. portanto, acredita-se que haverá uma nova eleição, inclusive, o Ministério Público já se posicionou positivamente neste sentido. Como bem diz o velho ditado: é esperar para crer. O certo é que o embrião deste imbróglio teve início desde a eleição da própria Yanny Brena que, ao ser eleita para o cargo de presidente da referida Mesa Diretora, o foi através de manobra que ocasionou a antecipação do pleito, inobservando o trâmite estabelecido pelo Regimento Interno, já que não houve envio do projeto ao relator da Comissão , a fim da elaboração de parecer, antes da sua aprovação.
Esta decisão, inclusive, foi do mesmo juiz Mazza que interpretou o seguinte: “Diante da aprovação da resolução questionada, mesmo diante da decisão judicial contrária e a notícia de que houve prosseguimento da aprovação do Projeto de Emenda à Lei Orgânica visando a antecipação da eleição, declaro nulos todos os atos administrativos praticados após a aprovação do Projeto de Resolução nº 28/2021 que altera o Regimento Interno.”
Como denotamos, essa confusão para domínio inapropriado do Legislativo romeiro teve início lá atrás e hoje passa por momento de agonia. Está sob a condição que costumamos reconhecer de “in the throes.” Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia!!!!