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O QUE SE DENOTA, COM TODA A CERTEZA, É QUE O GENERAL GDIAS É UM MENTIROSO

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Luã Marinatto
O Globo

A demissão do general Gonçalves Dias do comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que entregou o cargo após vir à tona um vídeo em que ele circula pelo Palácio do Planalto em meio aos ataques golpistas de 8 de janeiro, não deu fim às dúvidas que pairam sobre o caso. Parte dos esclarecimentos podem vir no depoimento do militar à Polícia Federal (PF), determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja, abaixo, algumas das perguntas ainda sem resposta a respeito do episódio.

1 – A PF TINHA CONHECIMENTO DAS IMAGENS?

Na decisão em que ordenou o depoimento de GDias — como o ex-ministro é conhecido —, Moraes lembrou que, no próprio dia 8 de janeiro, havia determinado que a PF obtivesse “todas imagens das câmeras do Distrito Federal” que pudessem “auxiliar no reconhecimento facial” dos extremistas. Vídeos dos circuitos internos do Congresso e do STF, também depredados na data, já foram utilizados para identificar invasores.

Embora o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, tenha afirmado que todas as imagens já constavam no inquérito da PF, ainda não está claro se a gravação que veio à tona agora já foi, de fato, analisada pelos investigadores.

2 – COM QUEM LULA TRATOU DO CASO DAS IMAGENS?

Nesta quinta-feira, Paulo Pimenta, afirmou que Lula solicitou, logo após os ataques, acesso às imagens das câmeras do Planalto. Segundo o titular da Secom, o presidente chegou a questionar especificamente sobre o conteúdo do equipamento posicionado no ponto em que Gonçalves Dias foi flagrado circulando. “Disseram que essas imagens não existiam”, pontuou Pimenta.

Ele não esclareceu, no entanto, quem deu essa resposta a Lula, nem quando, nem se foram apresentadas justificativas ao presidente para que as gravações estivessem indisponíveis. Segundo a jornalista Andreia Sadi, do portal G1, Dias informou à cúpula do Planalto que o equipamento que o gravou estava quebrado.

3 – ESSAS IMAGENS FORAM EXCLUÍDAS OU OMITIDAS?

A partir do relato de Paulo Pimenta, sobre a inexistência informada a Lula do conteúdo da câmera em questão, surgem outras dúvidas adjacentes.

Se não havia imagens àquela altura, como elas foram tornadas públicas agora?

É preciso esclarecer, assim, se o material foi deliberadamente excluído e depois recuperado de algum modo — e por quem — ou se o interlocutor citado pelo titular da Secom simplesmente mentiu sobre o assunto — e por quê.

4 – E O PRÓPRIO GONÇALVES DIAS, SABIA DAS IMAGENS?

Em entrevista à GloboNews no dia da demissão, o general negou ter relação com o trecho do vídeo que mostra outro membro do GSI orientando e até oferecendo água a invasores. O ex-ministro alegou que “colaram” sua imagem a práticas com as quais ele não teria relação.

“Aquilo é um absurdo, não sei de onde vazou”, argumentou.

GDias não explicou, entretanto, se sabia da existência da gravação na qual ele próprio aparecia, tampouco se informou ao presidente deste fato.

5 – POR QUE O GSI COLOCOU EM SIGILO ESSAS IMAGENS?

Antes de a CNN Brasil tornar pública a gravação que derrubou o general, o GSI se recusou a entregar o material à CPI dos atos golpistas da Câmara Distrital do DF e à deputada federal Adriana Ventura (Novo), que requisitaram formalmente o arquivo. À CPI, o órgão alegou que seria inviável repassar as imagens em função do seu tamanho.

Para a parlamentar, foi usado o argumento de que poder-se-ia revelar a identidade de servidores militares que trabalham no Planalto. Além disso, em diferentes pedidos apresentados via Lei de Acesso a Informação (LAI), a negativa se dá com o argumento de que o conteúdo se encontra submetido a um sigilo de cinco anos.

6 – HÁ IMAGENS PARECIDAS DE OUTRAS CAMERAS?

Com as sucessivas negativas do GSI sobre a divulgação do conteúdo, que acabou tornado público apenas parcialmente, ainda não se sabe se a íntegra das gravações do Planalto traz outras imagens constrangedoras ou com potencial de desgaste para o governo.

É possível, por exemplo, que mais agentes do órgão tenham sido flagrados em algum nível de interação suspeita com os extremistas que invadiram o prédio.

Além da omissão do Gabinete de Segurança Institucional, há também a omissão da Guarda Presidencial.

7 – O QUE GDIAS FAZIA NO PLANALTO NAQUELE DIA?

Na entrevista à GloboNews, o general afirmou que só entrou no palácio depois que ele foi invadido e seu objetivo seria retirar golpistas do interior do edifício. Ele não explicou onde estava antes dos ataques ou por que chegou ao local em tão pouco tempo, ou se reportou a presença ali — tanto dele quanto de subordinados — para o presidente Lula, informando de imediato sobre sua atuação para desmobilizar a ofensiva golpista.

GDias alegou que sua interação com os golpistas era apenas uma tentativa de retirá-los do terceiro e do quarto andar, “para que houvesse a prisão no segundo andar “. Depois, ele teria apenas verificado “se as portas estavam fechadas e se não houve depredação”.


NOTA DA REDAÇÃO DO SITE –
O repórter Luã Marinatto faz um resume perfeito da situação. Mostra que o general não somente mentiu ao presidente, dizendo que a câmera estava quebrada, quando também convenceu Lula a decretar sigilo para esconder sua participação capciosa no incidente, como ministro responsável pelo Planalto. Ou seja, chamar esse elemento de “general” é uma ofensa ao Exército brasileiro.

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Um dia acordei para ‘jornalizar’ a vida com os meus leitores. Nesta época trabalhava no extinto jornal Tribuna do Ceará, de propriedade do saudoso empresário José Afonso Sancho. Daí me veio a ideia de criar o meu próprio site. O ponta pé inicial se deu com a criação do Caririnews, daí resolvi abolir este nome e torna-lo mais regional, foi então que surgiu O site “Caririeisso” e, desde lá, já se vão duas décadas. Bom saber que mesmo trabalhando para jornais famosos na época, não largava de lado o meu próprio meio de comunicação. Porém, em setembro de 2017 resolvi me dedicar apenas ao site “Caririeisso”, deixando de lado o jornal Diário do Nordeste, onde há sete anos escrevia uma coluna social…

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