Robson Bonin
Veja
O Planalto anotou que nesse governo de frente ampla, nenhum aliado deu a cara a tapa para defender a “narrativa” de Lula sobre Nicolás Maduro e a Venezuela. O presidente petista meteu-se num fiasco internacional ao ser repreendido pelos presidentes do Chile e do Uruguai, após relativizar a ditadura comandada por Maduro.
Entre os aliados de Lula, há o entendimento de que o projeto que derrotou Jair Bolsonaro não comporta uma agenda envelhecida como o circo armado pelo Planalto em torno de Maduro.
Lula não tem mais tantos votos quanto já teve no passado e está longe da popularidade exibida no segundo mandato. Fica mais fácil, aos aliados, criticar suas ações diante desses sinais de debilidade política.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Desta vez, Lula ultrapassou todos os limites, causando constrangimentos no Brasil e no mundo. Foi um disparate fazer o convite para que Maduro participasse de um importante encontro dos governantes da América do Sul. A justificativa poderia até ser aceitável, sob alegação de que o Brasil não interfere nos problemas internos dos países vizinhos e estaria dando uma chance a que Maduro se posicionasse sobre os problemas que enfrenta.
Mas Lula foi além, ao proclamar que Maduro é um líder democrático que sofre boicote e sanções indevidas. Ao discursar ao lado do ditador venezuelano, com os olhos avermelhados, não se sabia se Lula estava contendo o choro ou tinha abusado do destilado de maneira folgazã, como diria o genial Billy Blanco. O certo é atual governante não parece estar em seu juízo perfeito, uma sensação que seu antecessor também costumava transmitir.
A obstinação de Lula em socorrer financeiramente países em graves crises como Argentina e Venezuela mostra que o presidente petista pode estar meio desequilibrado, mas ninguém tem coragem de lhe oferecer apoio psiquiátrico. Ainda bem que o Brasil é muito forte e resiste a tudo.