
MODO AVIÃO

O quadro de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro fez com que todos os pré-candidatos a presidente da República paralisassem os movimentos. A palavra mais usada para definir a situação dos partidos mais conservadores é “imprevisível”.
O União Brasil, do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, está totalmente dividido. O PL, maior partido conservador, não admite que se fale em outros nomes para concorrer em nome do seu maior líder, em termos de capacidade de mobilização e de votos. O Republicanos, o PSD e o Novo, que também têm seus atores nesse processo — respectivamente caso dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Paraná, Ratinho Júnior, e de Minas Gerais, Romeu Zema —, também recolheram os flaps.
Ninguém quer ser acusado de ter aproveitado uma situação delicada para entrar na disputa. Isso significa que, enquanto Bolsonaro não estiver recuperado, a única pauta dos seus aliados será o projeto de anistia aos acusados pelas depredações às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. E olhe lá.
RUIDO NA RELAÇÃO
Quem acompanha com uma lupa os bastidores da COP 30, tomou um susto ao ver o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar Brasília como sede do encontro preparatório para a cúpula do clima. Esperava-se que essa reunião fosse no Rio de Janeiro.
Nem pensar
Lula pisa em ovos no tema COP 30. No governo, há quem diga que se fizesse o evento no Rio, haveria especulações de favorecimento ao prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD). Brasília é considerada território neutro.
Faltaram eles
O único discurso que arrancou aplausos durante a Lide Brazil Emirates Conference, em Dubai, foi quando o ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, mencionou que o empresariado é que deve orientar o governo sobre o que funciona e que não deve ser feito em termos de políticas voltadas à sustentabilidade. E não havia um ministro de Lula sequer para rebater e debater.
Antes tarde do que nunca
A ideia do governo de fazer exames e cirurgias na rede privada, a fim de acelerar a fila do SUS, foi exatamente o que foi feito pelo então governador João Doria. Com o nome de “Corujão da Saúde”, o programa acabou com a fila de exames em 90 dias e mais de 900 mil pessoas foram atendidas na rede de hospitais privados de São Paulo, entre as 20h e as 6h. “Fico feliz que estejam copiando nossa ideia, mesmo 10 anos depois”, disse à coluna.
CURTIDAS
Intensivão/ Nem todos os médicos aguentaram o tranco de 12 horas para operar o ex-presidente Jair Bolsonaro, no domingo. Um deles, dito ser mais novo em idade que outros integrantes da equipe, precisou ser trocado durante o procedimento.
Pausa na agenda/ O governador Ibaneis Rocha aproveitou o tempo livre em Dubai, antes da palestra no Lide Brazil Emirates Conference, para assistir à corrida de Fórmula Um, no Bahrein, no domingo. Outros políticos preferiram visitar o majestoso Burj Khalifa, o maior prédio do mundo. Para subir até o topo, dependendo do dia e da disponibilidade, paga-se quase R$ 1 mil por ingresso, além horas de fila.
Enquanto isso, entre os empresários…/ A aposta principal do empresariado que busca recurso dos petrodólares é Tarcísio de Freitas. Alguns ainda se referiam a Bolsonaro como o Doutor Smith, do antigo seriado Perdidos no Espaço, e emendavam: “Nada tema, com Tarcísio não há problema”.
