A mesa diretora da Câmara cassou, na tarde desta terça-feira, 6, o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), confirmando o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do dia 16 de maio.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara dos Deputados, em documento assinado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) e os demais membros: Marcos Pereira (Republicanos-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Luciano Bivar (União-PE), Maria do Rosário (PT-PR), Julio Cesar (PSD-PI) e Beto Pereira (PSDB-MS).
A cassação de Dallagnol foi um ato covarde e ilegal, que demonstra a pusilanimidade da Mesa Diretora. São sete integrantes, mas nenhuma voz se levantou em defesa de um mandato conquistado com 345 mil votos. Nos autos, havia múltiplas razões para anular a cassação, conforme o jurista Jorge Béja apontou em artigo aqui publicado. Mas o corregedor Domingos Neto (PSD-CE) se acovardou e preferiu se colocar ao lado da bancada da corrupção, que infelizmente é maioria no Congresso. E como já assinalamos aqui na Tribuna, quem apoia a corrupção é tão corrupto quanto quem a pratica. Foi uma decisão que mancha a História Republicana do país.