Gabriel Sabóia
O Globo
Cesar Maia mostra que os políticos estão cagando e andando
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), liberou todos os deputados de comparecer fisicamente ao trabalho nesta semana, em que serão celebrados os festejos de São João. A mesma medida já havia sido tomada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
De segunda-feira até sexta, os parlamentares poderão participar de votações de maneira remota, sem ir a Brasília.
LIRA EM LISBOA – Na Câmara, a liberação era um pedido da bancada do Nordeste, mas foi ampliada para todo o plenário. E nem mesmo o presidente Arthur Lira passará a semana em Brasília.
No período em que liberou os demais deputados de ir ao Congresso, o presidente da Câmara estará em Lisboa, em um seminário jurídico promovido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em Lisboa. Outros parlamentares devem acompanhá-lo.
Já Pacheco, por meio de assessoria, afirmou que foi convidado para o seminário, mas não irá. Ele presidirá as sessões da semana normalmente.
IGUAL À PÁSCOA – O recesso informal já era esperado por deputados. Uma medida semelhante ocorreu em abril, quando a Casa ficou uma semana sem sessões em comissões e plenário.
O período foi acordado por Lira e líderes partidários que pediram para que o feriado da Páscoa fosse estendido. O objetivo declarado foi permitir aos parlamentares se dedicarem a negociações eleitorais na última semana de janela partidária.
UM MINUTO POR FAVOR– É mais um problema esta invenção do voto simbólico, que o parlamentar pode dar enquanto está na privada, como o vereador César Maia fez no Rio de Janeiro há duas semanas. A vagabundagem sempre imperou no Congresso. Agora, nem precisam ir às sessões plenárias. É o fim da picada.