Guilherme Amado e Bruna Lima
Metrópoles
O Superior Tribunal de Justiça suspendeu, na última quarta-feira (24/5), a licença ambiental para a construção de um resort em uma aldeia indígena em Maricá, município na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
A decisão determinou a suspensão imediata das obras do empreendimento da empresa espanhola IDB Brasil que planeja usurpar 844 hectares, equivalente a 1.182 campos de futebol, de uma área de restinga.
APOIO DO GOVERNO – O empreendimento “Residencial Maraey” tem o apoio do governo federal. A ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, compareceu ao evento de inauguração das obras no dia 28 de abril.
Além de Aldeia Mata Verde Bonita, há também na região a colônia de pescadores Zacarias, que é originária do local. Tanto os indígenas, quanto os pescadores, podem ser removidos da restinga com o avanço das obras e, por isso, desde o início do ano o grupo faz protestos contra a construção do resort.
Além de citar o impacto na aldeia indígena e na colônia dos pescadores, a decisão do STJ alegou que há “falhas e dúvidas” no plano de manejo da área que podem causar danos “irreversíveis” ao meio ambiente.
NOTA DA REDAÇÃO DO SITE – A que ponto chegamos, hein? Como é que o governo federal pode apoiar uma monstruosidade desse porte? A área da restinga é belíssima, um dos redutos ecológicos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Chega a ser revoltante. Não respeitam os índios, não respeitam nada. É tudo por dinheiro, como diria Silvio Santos.