Alguma coisa está havendo de estranho nessa onda de adesão do empresário Gilmar Bender(PDT) ao pré-candidato a prefeito em Juazeiro do Norte, deputado estadual Fernando Santana(PT). Uns dizem que o que está ocorrendo é a falta de uma narrativa convincente dessa adesão extemporânea, pois até umas semanas atrás o empresário Gilmar Bender e seu genro Diogo Machado eram unha e carne com o prefeito romeiro, inclusive, a vaga de vice-prefeito na chapa já estava garantida para o Diogo que até foi secretário municipal até um dia desses, quer dizer, uma família altamente prestigiada e que agora não está conseguindo encontrar argumentos para sair de onde estava ou ainda está.
Outros falam em grande pressão política e até algo além dos aviões de carreira nos céus do Cariri. Mas tem gente que diz também que promessas de benefícios econômicos também estão pesando, mas que pesando mesmo está deixar um alguém que nunca fez o mal a essa família gaucha que foi tão bem recebida em território romeiro e temos que reconhecer: até hoje trouxe boas benesses para a Terra do Padre Cícero.
Andei este final de semana por Juazeiro do Norte, contactei com vários formadores de opinião e a conversa gira e muito em torno dessa estorinha que não está conseguindo ser muito bem digerida pela sociedade local. Uma palavra quebrada sem motivos vira traição e as consequências nefastas geralmente vêm para cima daquele que não conseguiu segurar firme o compromisso assumido, já o cidadão que sofreu com essa situação vexatória, acaba se tornando vítima e poderá andar com a cabeça erguida por onde queira aportar. O que anda rolando em toda a cidade romeira e o próprio prefeito Glêdson Bezerra tem ouvido bastante é o seguinte: “Os humilhados serão exaltados.” Lembrei-me até da campanha política do meu tio Walter Peixoto na década de oitenta aqui no Crato, quando as elites políticas estadual e municipal quiseram agir com esse mesmo tipo de truculência. Waltinho foi praticamente sem eira e nem beira para a disputa eleitoral contra um dos mais ricos e prósperos empresários do Crato e findou ganhando numa boa a eleição. Bom cuidar de se abster em oferecer tanta lição de poder e soberba nesta eleição de Juazeiro do Norte, pois acabará acontecendo o inesperado, ou seja: “Nem sempre o maior tem que ser o melhor, ou seja, o vencedor.” Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia política!!!!!!!
