O médico, intelectual, provedor de bons e maravilhosos projetos em diversos campos da vida, mister Robério Motta, embalado pelos Alpes Françaises neste último final de ano(2022), escreveu esta poesia abaixo que diz muito sobre este colunista. Não sei se foi a mim dedicada, mas que se identifica comigo não tenho a menor dúvida. Vamos ao encantador e bem redigido poema de sua autoria:
JANELAS DA VIDA
O tempo não é meu
Não é meu o tempo
O vento que sopra
Vai junto com o pensamento
A estradas que percorri
Não tão lampeiras como o vento
São as estradas que escolhi
Caminhos e desaventos
E o tempo que passou
Éolos do momento
São ponteiros distantes
Não voltam o que cansou
Ponteiros não descansados
Embalados pelo tempo
Fogem sem controle
Sem afago e com lamento
Teu relógio nunca parou
Tua escrita é alada
Voa feito verso
Caminha feito toada
Ah janelas da Vida
Das encostas esquecidas
Dádivas das escolhidas
Frutos de velas espremidas
Não sejas feito o vento
Que por vezes derrubas
Ora afagas
Acolhidas flores de estradas
Pois o vento que passou
Não voltas com a partida
Nem a janela entre/aberta
Não é a mesma porta contida.
Motta, Robério
Cinco de 1 de 2023
Samoëns Morillon des Alpes Françaises.
(Adendo em resposta a um amigo).