20/02/2024 | Atualizado 20/02/2024
Presidente Lula (PT) na Etiópia – Foto: Ricardo Stucker/PR.
Após a reprimenda humilhante de Israel ao governo Lula (PT), em pleno Museu do Holocausto, para comunicar que o petista é persona non grata naquele país, e a repulsa mundial às declarações irresponsáveis do presidente brasileiro, a crise não deve piorar, segundo expectativa dos diplomatas mais experientes do Itamaraty. As relações bilaterais ficarão “congeladas” ou prejudicadas, ao menos enquanto Lula e Netanyahu ocuparem seus cargos, mas não devem evoluir para um rompimento.
Fora do script
As afirmações levianas de Lula foram feitas fora do discurso preparado pelo Itamaraty. Ele quis improvisar e acabou provocando um desastre.
Papo de mesa de bar
Fontes do Itamaraty acham que Lula reproduziu insultos a Israel que teria ouvido de radicais como Celso Amorim, notório bajulador do Hamas.
Presidente minúsculo
Passando pano em terroristas que matam judeus e até no regime da Rússia, que mata opositores, Lula faz história assim, com “h” minúsculo.
Um país envergonhado
Não se tem notícia de governante “persona non grata”, como Lula. É uma vergonha para o Brasil, para nossa diplomacia, para os brasileiros.
Nicolás Maduro, em visita ao Brasil, com o amigão Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Teve mais: Lula passou pano para Putin e Maduro
Além de comparar a ação israelense na Faixa de Gaza ao holocausto de judeus na Alemanha nazista, o presidente Lula (PT) aproveitou para passar pano para os ditadores Vladimir Putin e Nicolás Maduro. Após a morte do principal opositor do russo, Lula disse é preciso “fazer uma investigação” antes de qualquer acusação. O petista deu resposta semelhante à expulsão de funcionários da ONU pela Venezuela do seu companheiro Maduro: não tem “informações do que está acontecendo”.
Não sobrou ninguém
O ditador Maduro expulsou do país todo o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos de Caracas, na Venezuela.
Coincidência
Principal opositor de Putin, Alexei Navalny morreu numa prisão na Sibéria Ocidental, após anos de batalha na Justiça por ser “extremista”.
Velho ‘não sei’
“Não sei se ele estava doente, se tinha algum problema”, disse Lula sobre o opositor morto de Vladimir Putin.
3º mundo caricaturado
Diplomata francês muito influente, Gérard Anaud contou ontem no “X”: “Passei dois anos no Conselho de Segurança (da UNU) com o Brasil. Perdi todas as minhas ilusões sobre a política externa deste país, um Terceiro Mundo tão caricaturado que defendia a Coreia do Norte.
Chanceler decorativo
Mais uma vez ficou claro o papel decorativo do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na crise com Israel. Após a rebordosa de Tel Aviv, Lula “se aconselhou” com quem o tem influenciado em atitudes que o colocam à margem do mundo: o assessor Celso Amorim.
‘Eu não disse?’
Yigal Palmor, ex-porta-voz da diplomacia israelense, autor da expressão “anão diplomático” para classificar o Brasil, não perdeu tempo e voltou à carga, no dia em que Lula era alvo de críticas em todo o mundo.
Congresso se omite
Tão vexatório quanto o desatino de Lula, na afronta a Israel, foi o silêncio dos presidentes da Câmara e do Senado, apesar dos graves danos causados ao País pelo comportamento irresponsável do presidente.
Números genocidas
A determinação do governo Lula de impedir a divulgação diária de óbitos por covid completa um ano na segunda-feira (26). Na atual gestão do PT ocorreram 275 mortes por semana, totalizando mais de 15 mil em 2023.
Um novo ‘troféu’
Marcos Pontes (PL-SP), da Comissão de Relações Exteriores do Senado, achou “descabida” a fala de Lula: “já ganhou o troféu de primeiro ex-presidente preso, agora esse de “persona non grata”.
Insulto repugnante
Para o senador Marcos Rogério (PL-RO), Lula promoveu mais um vexame internacional: “comparar Israel ao nazismo é abjeto, repugnante e desumano. É um desrespeito à memória de milhões de judeus”.
Só vendo
O senador Carlos Viana (Pode-MG) apresentou requerimento, nesta segunda (19), à Comissão de Relações Exteriores para ouvir o chanceler Mauro Vieira tentar explicar a fala de Lula, que comparou judeus a Hitler.
Pensando bem…
…agora só falta tentar dar 48h de prazo para Israel se explicar ao STF.
Não é a mamãe
Carlos Lacerda fazia mais um discurso devastador na Câmara dos Deputados contra o “mar de lama” do governo Getúlio Vargas. A deputada Ivete Vargas, sobrinha do presidente, pedia em vão um aparte. Cansada da insistência e muito irritada, Ivete perdeu a paciência: “FDP!”, gritou ao microfone. Com sua estonteante rapidez de raciocínio e sempre disposto a ofender adversários, Lacerda respondeu na bucha: “Vossa Excelência é muito nova para ser minha mãe!”