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RELAÇÃO DE LULA E MILITARES CHEGA EM UM PONTO CRÍTICO, POR FALTA DE RESPEITO MÚTUO

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William Waack
Estadão

‘Pacificação’ é condição necessária, porém não suficiente para tirar a relação presidente-militares do atual estágio, que é o da falta de respeito mútuo

O princípio da autoridade depende do respeito entre quem manda e quem obedece. Inversamente, desconfiança mútua corrói a capacidade de dar ordens e dificulta que sejam cumpridas. É o ponto em que está no momento a relação entre Lula e os militares. Os resultados que isto produz estão em “Command”, mais uma obra monumental de Sir Lawrence Freedman (do clássico “Strategy”), do King’s College de Londres, que acaba de ser publicada.

O foco é entender como a relação entre autoridades civis e militares condiciona decisões de todo tipo, sobretudo em guerras.

Militares não gostam de Lula, que não tem confiança neles

ALGO A CONQUISTAR – “Os que dão as ordens deveriam ter a autoridade que traz o respeito de subordinados”, escreve Freedman. “Autoridade é algo a ser conquistado, não para ser dada como certa – e isso vale para os civis e para os generais.”

A autoridade de um chefão de sindicato pode ser exercida com um murro na mesa. Mas Lula tem experiência suficiente como presidente para saber que a autoridade constitucional de comandante-em-chefe das Forças Armadas é mais ampla e sofisticada, pois envolve duas formidáveis instituições de Estado.

“Pôr os militares no seu lugar” ou “devolver os generais aos quartéis” são frases de efeito que comovem a militância. E produzem o resultado contrário do que se pretende, isto é, estabelecer o “engajamento mútuo” entre poder civil e militar num período político crítico.

CADEIAS DE COMANDO – Da mesma maneira, generais sabem que, uma vez desrespeitados hierarquia e códigos internos, as cadeias de comando são fortemente abaladas. É o que aconteceu no episódio no qual o general Pazuello não foi punido por ter participado de manifestação política com Bolsonaro.

De lá para cá a “contaminação” bolsonarista nas Forças só piorou. Trata-se essencialmente do estado interno das cadeias de comando e sua relação com a autoridade civil.

O fenômeno é amplo e preocupante pelo fato de integrantes de alta hierarquia militar aceitarem pro forma a figura institucional do atual presidente, mas duvidando da lisura da eleição e questionando o papel de tribunais superiores.

VELHOS CACOETES – Do outro lado, o entorno de Lula reforça nele cacoetes que, por exemplo, o fazem se referir ao Comando Militar do Sudeste ainda como “2º Exército” (uma das sedes do DOI-Codi na ditadura).

Com consequências severas: o entorno de Lula não quer mais militares ao seu redor, de patente alguma (são considerados até risco à segurança física do presidente), reiterando profunda desconfiança na instituição, e não só em indivíduos.

“Pacificação”, como reitera o atual ministro da Defesa, é condição necessária, porém não suficiente para tirar a relação presidente-militares do atual estágio, que é o da falta de respeito mútuo. Está sobrando fígado e faltando cérebro.

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Um dia acordei para ‘jornalizar’ a vida com os meus leitores. Nesta época trabalhava no extinto jornal Tribuna do Ceará, de propriedade do saudoso empresário José Afonso Sancho. Daí me veio a ideia de criar o meu próprio site. O ponta pé inicial se deu com a criação do Caririnews, daí resolvi abolir este nome e torna-lo mais regional, foi então que surgiu O site “Caririeisso” e, desde lá, já se vão duas décadas. Bom saber que mesmo trabalhando para jornais famosos na época, não largava de lado o meu próprio meio de comunicação. Porém, em setembro de 2017 resolvi me dedicar apenas ao site “Caririeisso”, deixando de lado o jornal Diário do Nordeste, onde há sete anos escrevia uma coluna social…

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