As discussões sobre a sucessão em Juazeiro do Norte foram antecipadas erroneamente pelo Partido dos Trabalhadores na ânsia de dominar o espaço, vejam bem, antes que outros assim o fizessem, fato que por si já demonstra a falta de tato político que permeia os membros desta agremiação em Juazeiro do Norte.
Errou politicamente o ministro Camilo Santana(PT) mais uma vez em Juazeiro do Norte ao não segurar o seu bloco vermelhuco nesta discussão. Até porque para se desencadear uma ofensiva, ou seja, promover uma avaliação sucessória com o forte desejo de se posicionarem(ele e seu partido) como protagonistas do evento, antes de tudo deveriam ter provocado uma boa e sincera discussão com o prefeito Glêdson Bezerra(Podemos), afinal existia um tipo de acordo entre eles e isso o deputado estadual Fernando Santana(PT) não cansou de repetir em público que a sua gratidão por receber o apoio do prefeito romeiro para a sua reeleição, passava pela promessa de que seu nome por parte do bloco petista seria abonado para as eleições de 2024. Dai que causou estupefacção as investidas da ex-deputada Iris Tavares e do ex-prefeito Manoel Santana ao atropelarem essa palavra dada de público tanto por Camilo quanto por Fernando Santana.
Nos tempos de hoje, onde o político não pode oferecer muito em termos objetivos para uma maior contribuição do aperfeiçoamento do próprio sistema político, pelo menos honre a palavra empenhada e o resto que se exploda feito bomba “H”, afinal, isso é Brasil meus amigos.
ALTERNATIVAS FRUSTRADAS
Dai que não me causou espanto algum ao ver cada alternativa dos infantes petistas romeiros sofrer o mesmo efeito que um risco n’água. A alternativa Iris Tavares para prefeito, depois a do próprio Manoel Santana(desqualificado para a disputa por problemas na justiça), a de Fernando Santana e desaguando na de Onélia Santana, pois não encontraram eco no seio da sociedade juazeirense.
Depois de marchas e contramarchas, eis que o ministro Camilo Santana jogou o tapete e declarou de modo definitivo que a secretária de Promoção Social do Estado, Onélia Santana, não será candidata ao cargo de prefeita de Juazeiro do Norte nas eleições de 2024. Mas… mesmo assim ainda tenta requentar a candidatura do deputado estadual Fernando Santana sem muita convicção, pois sabe se tratar de algo arriscadíssimo e que melhor será preservá-lo para a sucessão do presidente da Assembleia Legislativa Evandro Leitão. Esta alternativa é mais apetitosa na visão de Fernando e representa risco zero. Pelo menos até agora.
Mas o próprio Camilo Santana se vendo enroscado em seus devaneios e tentando mais uma vez sonhar um sonho mal sonhado, ainda jogou aos leões a alternativa Giovanni Sampaio, atual vice-prefeito de Glêdson Bezerra, mas que, convenhamos, não agrada ao próprio PT e seus puxadinhos vermelhucos e mais, sempre foi tratado como aliado de primeira grandeza pelo próprio prefeito e seus mais fiéis escudeiros. Fica difícil emplacar essa nova alternativa. Esta estorinha de oferecer uma candidatura de deputado estadual ao atual prefeito, caso este desista da reeleição, arre égua(!), é até falta de respeito. No mínimo soaria como conchavo político e, por outro lado, iria transparecer que o prefeito foi fraco ao se render a esta situação ou em último caso que teria se vendido. O instituto da reeleição mesmo erroneamente implantado no Brasil, deve-se respeitá-lo, dai que esse respeito passa pelo direito daqueles que estão aptos perante a lei e ao eleitorado de disputá-la. É um ato brutal que se pratica contra um político que se encontra em suas plenitudes legais de enfrentar a peleja pensar diferente. Em Juazeiro do Norte mesmo, tivemos um exemplo, quando o então prefeito Raimundo Macedo foi proibido de disputar um repeteco de mandato, pois o diretório municipal de seu partido à época, o PSDB, lhe tirou este prazer e entregou o poder de disputa ao então deputado federal Manoel Salviano Sobrinho. O que vimos foi Raimundão se rebelar, não acatar tal decisão partidária e apoiar o então obscuro vereador Manoel Santana, do PT, para o cargo. Foi ai que começou o declínio de Salviano, pois entrou na campanha como aquele que havia confiscado o direito legal do correligionário de disputar a reeleição. Este resto da história todos já estão carecas de saber. Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia!!!!!