O prefeito de Farias Brito, Deda Pereira (PDT), está sob investigação do Juiz Eleitoral da 62ª
Zona Eleitoral de Várzea Alegre, conforme decisão judicial recente. A ação de investigação
judicial eleitoral, movida pela Coligação Para Reconstruir Farias Brito, apura alegações de
abuso de poder político e autoridade, que podem resultar na inelegibilidade de Deda
Pereira e na impugnação de sua candidatura à reeleição.
Segundo a decisão emitida em 11 de setembro de 2024 pelo Juiz Hyldon Masters
Cavalcante Costa, foi marcada uma audiência de inquirição de testemunhas para o dia 17
de setembro, com a participação das testemunhas arroladas tanto pelo investigante
quanto pelo investigado. Além disso, foi deferido um pedido de exibição de documentos,
envolvendo, entre outros, registros de pagamento do Programa Bolsista Cuidador de
Criança Deficiente e folhas de pagamento de servidores temporários contratados desde
janeiro de 2024.
A acusação contra o prefeito refere-se a uma quantidade abusiva de contratações sem
processo seletivo, em número significativamente superior ao necessário para a
assistência às crianças no município. Esse excesso de contratações sem a devida
justificativa levanta suspeitas de irregularidades eleitorais, uma vez que essas ações
podem ter sido realizadas com o intuito de obter vantagens políticas.
A investigação, que busca comprovar as alegações da coligação adversária, inclui a
análise de documentos sob posse de terceiros, cuja apresentação foi determinada
judicialmente. A decisão destaca a urgência e a natureza cautelar das medidas, visando
assegurar o direito de produção de prova no processo.
Com a audiência e as medidas cautelares em andamento, o processo contra Deda Pereira
poderá ter um impacto significativo em sua candidatura à reeleição, caso sejam
confirmadas as irregularidades apontadas. A situação jurídica do prefeito segue em
análise, enquanto o desenrolar do processo poderá determinar os próximos passos na
disputa eleitoral de Farias Brito.
UM MINUTO POR FAVOR: o abuso do poder econômico é a utilização abusiva do excesso de recursos financeiros ou patrimoniais, antes ou durante a campanha eleitoral, buscando beneficiar candidato, partido ou coligação. Isso pode ser feiro por meio de gastos excessivos, ostensivos e ocultos, com o objetivo de de influenciar de modo abusivo na persuasão pelo voto. O abuso do poder econômico afeta a normalidade e a legitimidade das eleições.
