O presidente eleito Lula busca reaproximação com o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, porque tem experiência e até um histórico que recomendam não perder tempo com brigas inglórias. Até porque o PT e aliados, não têm votos para derrotar a candidatura de Lira à reeleição na Câmara, no início de fevereiro. A aliança ainda põe o Centrão com um pé na base governista. Lula não esquece: governos do PT se deram muito mal quando tentaram impor um presidente da Casa.
Deu errado
Presidente, Lula tentou impor o detestável Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e acabou favorecendo a eleição de Severino Cavalcante (P-PE).
Deu pior
Dilma escolheu Arlindo Chinaglia (SP), antipático como Greenhalgh, e acabou fortalecendo a eleição de Eduardo Cunha (MDB-RJ)
Deu impeachment
Se Lula comeu o pão que o diabo amassou com Severino, Dilma viu seu governo paralisado por Cunha, que ainda viabilizou o seu impeachment.
Sem cargos
Lira não exigiu cargos de Lula, assim como não impôs isso a Bolsonaro. Mas, como aliado, certamente não terá dificuldades, caso os reivindique.
Cargo não empolga
O ex-presidente do TCU José Múcio Monteiro foi sondado para assumir o Ministério da Defesa, mas ele não se empolgou muito com a ideia. É que, agora na iniciativa privada, Múcio teria enorme prejuízo. E até trabalharia de graça, porque sua aposentadoria já está no teto do serviço público.
Repeteco à vista
Somando quase 70 pessoas com passagens na polícia, a equipe de transição, espécie de prévia do futuro governo, sinaliza um futuro sombrio para os lulistas com repeteco de Mensalão, Petrolão etc.
Mais um enrolado
Tem causado espanto na Transição a ousada do enroladíssimo senador Eduardo Braga de virar ministro de Minas e Energia. Logo ele, que na campanha derrotada no Amazonas foi alvo de graves denúncias.
Impacto bilionário
O aumento de 50% aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo para o funcionalismo público estadual (começando pelo governador) vai custar R$1,7 bilhão aos pagadores de impostos.