Olha gente, quando nos deparamos com essas placas indicativas de obras públicas ficamos todos boquiabertos com os valores exorbitantes que eles descaradamente colocam como estimativas a serem gastos com tais. Toda obra pública no Brasil é superior mais que dez vezes o valor real.
Acabei de ver um exemplo que vou lhes contar para ver se a gente se toca e trata de acochar esta gente corrupta que toma conta da grana pública do Brasil. Aqui se encontra roubo nos governo federal estaduais e municipais. No Brasil rouba avô, avó. pai, mãe, filho, filha irmão, irmã, tio, tia e o papagaio do político. O lema em nosso País é: “…eu também sou da família e também quero cutucar.”
Vamos ao que li quase neste instante: em quatro de setembro de 2023 uma ponte foi levada pelas águas do Rio das Antas, que liga os municípios de Farroupilha e Nova Roma do Sul, Rio Grande do Sul. Esta ponte foi inaugurada em 4 de outubro de 1930, um dia depois do início da revolução que levou Getúlio Vargas ao poder.
No último sábado, 138 dias depois, a ponte estava de novo ligando os municípios de Farroupilha e Nova Roma do Sul. Vejam bem, mas não foi reconstruída pelo Governo Federal e sim pelo próprio povo desse lugar que se reuniu e conseguiu 5,6 milhões de reais através de doações de empresas, rifas, eventos beneficentes e pix aberto. A força da população somou R$ 8,6 milhões. Sobraram quase R$ 3 milhões para decidirem como vão aproveitar o saldo. Cansaram de esperar pela ação do Governo Federal. Mas vocês sabem quanto o governo orçou tal construção? R$ 22 milhões para as obras. E prometia ainda tinha política mais ladrão querendo uma ponte nova, em outro lugar, por R$ 51 milhões. A população recuperou a ponte e a melhorou por R$ 5,6 milhões.
A inauguração foi festiva, com discursos, comes e bebes, bênção do padre e testemunhos lembrando que políticos que oferecem emendas descontadas de 5% ou 10% não apareceram. Imagino se algum ministro ou o governador fosse lá, a vaia que haveria.
Representando a Associação de Amigos de Nova Roma do Sul, que tem 200 participantes, um orador que fez a prestação de contas lembrou que a ponte será um repositório dos valores humanos da região, um monumento à força dos que fazem a nação, a despeito de o Estado que arrecada estar ausente.
Lembrou aqueles que, na noite de Natal, trabalhavam na montagem da ponte, dos aposentados que compraram rifas, de todos os que se sentiam responsáveis pela ponte e depositaram seu pix. Houve leilão para saber quem passaria primeiro pela ponte. Ganhou a Associação dos Amigos de Pinto Bandeira, que atravessou a ponte gloriosamente empurrando uma Rural Willys.
OUTRO EXEMPLO
O que aconteceu sobre o Rio das Antas não é inédito. Lembro-me de que agricultores em Guarantã do Norte, divisa entre Mato Grosso e Pará, também tomaram a iniciativa. A BR-163 estava intransitável. Políticos criaram emendas de milhões, mas elas não chegavam à estrada. Então se reuniram, arranjaram máquinas e com R$ 90 mil tornaram o trecho transitável.
Será que o Estado brasileiro não fica com vergonha, ou apenas vai alegar que as licitações é que consomem muito tempo? Mas o que consome tanto dinheiro dos nossos impostos? Por que a mesma obra, tocada por particulares, custa uma quarta parte do preço?
Enfim, lá no palco improvisado na cabeceira da ponte, projetaram ao fim da inauguração um estribilho do Hino Rio-Grandense que diz: “Sirvam nossas façanhas / de modelo a toda terra”.
Em todo o Ceará só o que vemos são obras superfaturadas na maior cara de pau. Crato e Barbalha que são as cidades que mais recebem obras dos governos petistas estadual e federal e só o que temos é um festival de valores irreais. Ah, uma jaula!!!! Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia!!!!