O bumbo do tambor não está favorável para o governo Lula neste ano eleitoral de 2024. Prognósticos políticos indicam que nas regiões Sul e Sudeste o governo vai levar uma grandiosa surra nas urnas. No Norte e no Nordeste não será também diferente. Conversando com um experiente analista de economia e política fortalezense que aqui aportou neste último final de semana para participar do Carnaval da Saudade do Crato Tênis Clube, este me falou que sentiu uma tendência muito grande das oposições vencerem as eleições municipais aqui no Crajubar.
Tudo isso porque, segundo o seu entendimento, poucas promessas do Lula candidato a presidente da República estão sendo honradas. Destaque para aquelas que se referiam a comida do dia a dia. O sonho de fartura na mesa a cada dia se esvai. E olha que o PT e Lula exploraram ao máximo a estorinha que o pobre iria comer picanha, tomar cerveja e viajar de avião pelo Brasil afora. A ideia de fartura na mesa foi uma das ferramentas mais exploradas pelos petistas para agitar uma base eleitoral de rendas baixa e média.
Para o nosso economista amigo, as cidades mais populosas como é o caso das três do Triângulo Crajubar que já têm um nível de informação e consciência política um pouquinho maior que as que vivem nas pequeninas cidadelas, concentram um bolsão de pobreza periférico indecoroso e desumano. A percepção do eleitor sobre a economia é tradicionalmente o primeiro item de formação de opiniões sobre um governo. Dai que os alimentos fecharem o primeiro ano com alta inflacionária é um fator simbólico para descontrolar humores de segmentos mais empobrecidos da população.
E para completar a dor de cabeça dos petistas, está vindo ai a estiagem para o Nordeste e as pancadas climáticas esperadas em outras regiões do país, ameaçando lavouras e rebanhos, além de agravar o risco da fome em redutos já castigados pela pobreza. Alguns analistas estimam que o preço da comida pode subir 4,5% neste ano.
Dai que qualquer notícia morna neste ano eleitoral com certeza vai virar munição para afastar os mais pobres que são a maioria, deste governo esquerdista do Lula. E eles sabem que precisarão de todos os bumbos que puderem usar para penetrar nesses grupos. E agora José?