Venho aqui dizendo que este grupo político que domina o Ceará por quase 40 anos é inteligente e bota inteligencia nisso. Começou com Tasso Jeireissati, passou para Ciro e Cid Ferreira Gomes e agora foi para as mãos de Camilo Santana.
Eles em cada mudança que há em termos de política nacional, buscam uma forma de segurar o poder estadual em suas mãos. Quando derrubaram a presidente Dilma(PT) do poder e o seu vice-presidente Michel Temer(MDB) assumiu as rédeas do poder, essa gente tremeu nas bases, os Ferreira Gomes que eram desafetos do novo presidente, logo ensinaram os caminhos das pedras para que o governador Camilo Santana(PT) se aproximasse do então senador Eunício Oliveira(MDB) que era oposição a eles aqui no Ceará, mas como presidente do Congresso Nacional, passou a ser o manda chuva no governo nascente do Temer. Camilo com o seu jeito todo manhoso de ser, acabou conquistando o maridão da Mônica Paes de Andrade que abriu as portas e comportas do Palácio do Planalto para essa galera que, de uma hora para outra, passou a dominar o terreiro. A chave para esta aproximação foi a promessa de apoiar Eunício Oliveira em sua reeleição para o Senado. Só que o grupo vermelhuco depois de se lambuzar até ficar saciado, nem bem o poder medebista se esvaiu o grupo político partiu numa nuvem fria com seu zepelim prateado(royalties para o grande cantor e compositor Chico Buarque de Holanda), ou seja, amarelou em relação ao acordo com a Geni, ou melhor, com o Bebé de Otoni que mais uma vez passou a sentir o gosto amargo da traição. Perdeu a eleição para o até então desconhecido empresário Luis Girão.
Lendo hoje pela manhã algumas matérias escritas por colegas jornalistas fortalezenses, pressenti que o grupo mais uma vez está preparando o terreno para o desembarque do PDT no governo do PT. Como todos sabem eles se digladiaram a nível estadual numa estratégia toda válida de combater o Capitão Wagner(UB) que se situava em primeiro lugar nas pesquisas. Foram bem sucedidos e agora, José? Ora mais, já começaram a alinhavar a chegada dos pedetistas no poder petista. Primeiro Elmano de Freitas, o novo governador vermelhuco, acenou discretamente que deseja tê-los em seu governo. Ai la do Planalto Central do País o deputado federal André Figueiredo, presidente do partido brizolista no Ceará, afirma todo cheio de melindres que deseja a independência da agremiação que esse é o caminho natural. Não fomos eleitos, e ele foi eleito em cima de bases de partidos que não tinha o PDT. A decisão mais serena é a de auxiliar o governador dentro daquilo que estiver ao nosso alcance, sem necessariamente participar do Governo. Integrantes do partido podem ser convidados e não faremos disso cavalo de batalha. Tudo, por enquanto é suposição.
Pois bem, esta foi mais um jogo de cena que encontraram para continuar iludindo o povo cearense. O presidente pedetista diz que o partido não quer cargos na nova administração petista, mas ao mesmo tempo diz que se algum correligionário for convidado tem livre arbítrio para decidir se vai ou não vai. Lindo, não? Esta foi mais uma maneira toda capciosa que encontraram para encaixar os pedetistas no novo momento de poder desta oligarquia perpetuada em nosso Ceará. André por outro lado já agradece a gentileza afirmando: “…o partido precisa ter tranquilidade e serenidade para ajudar o chefe do Executivo na Assembleia Legislativa e em Brasília.” Meias palavras bastam para se entender mais esta jogada de mestre que levaram esse grupo a ficar mais quatro anos dando as ordens no terreiro cearense e quiçá mais quatro se Elmano conseguir se firmar como recandidato vermelhuco in pectore nas eleições de 2026. Ai partiremos para a organização da festa de bodas de ouro dessa gente no poder. Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia!!!
Em tempo: Já que usei trechos da música “Geni e o Zepelim” do cantor e compositor brasileiro Chico Buarque de Holanda nesta matéria, que tal relaxar nesta onda, ouvindo o clip da mesma e quem sabe ajude aos cearenses entenderem melhor o preço de uma traição. Vamos lá: