Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Candidatos do PT às eleições municipais deste ano viram confirmada a má notícia: a avaliação o presidente Lula caiu tanto que ele deixou de ser um cabo eleitoral vencedor. Pesquisa Quaest em quatro importantes Estados (São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás), que somam 41% do eleitorado nacional, mostra que os respectivos governadores são muito bem avaliados, bem mais que Lula, e viraram os maiores “eleitores”. Só os 34,6 milhões de eleitores paulistas são 22,1% do eleitorado nacional.
Ratinho bem
No Paraná, o governo de Ratinho Jr (PSD) soma 79% de aprovação, e os paranaenses rejeitam o governo Lula, que tem 54% de reprovação.
Tarcísio voa
Tarcísio Gomes de Freitas (Rep), por exemplo, tem aprovação de 62% dos eleitores paulistas; Lula caiu e soma hoje 50%.
Zema é o cara
Em Minas, candidato a prefeito e a vereador com ligação ao governador Romeu Zema (Novo), com 63% de aprovação, terá chances melhores.
Caiado 86%
Ronaldo Caiado (União), de Goiás, marcadamente de oposição, é outro governador bem avaliado: 86%. Lula é reprovado por 50% dos goianos.
Presidente Lula. Foto: Reprodução/Canal Gov
Após vetar saidinha, Lula pode passar nova vergonha
Lula (PT) deve passar vergonha outra vez, após vetar decisão do Congresso que extingue a “saidinha”, criada para criminosos que aproveitam a regalia para cometer mais crimes. A regra teve votações acachapantes: 62×2 votos no Senado e 311×98 na Câmara. Como já ocorreu, o veto deve ser derrubado por parlamentares como Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que endossou a medida após o caso do bandido matou covardemente um PM do seu Estado na saidinha de fim de ano.
Nada que recomende
Segundo o experiente procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro, do Rio, não há um só estudo que recomende a manutenção da saidinha.
Saidinha não recupera
Monteiro afirmou que nenhuma pesquisa ou levantamento comprovou que a “saidinha” ajuda na recuperação de criminosos encarcerados.
Ele quer desencarcerar
O veto presidencial foi recomendado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, conhecido defensor de apavorante “desencarceramento”.
Sob investigação
Finalmente ontem, a pedido da Procuradoria Geral da República, o ministro Nunes Marques mandou a Polícia Federal investigar a prática de crimes de ameaça e de incêndio criminoso, atribuídos ao deputado Luciano Bivar (PE), presidente afastado do União Brasil.
Você amanhã
Nikolas Ferreira (PL-MG) lembra a ignorada imunidade parlamentar, prevista na Constituição, ao comentar inquérito por chamar o presidente Lula de ladrão. “Hoje sou eu, amanhã é você”, alertou o deputado.
Gera empregos
Ao dizer que Elon Musk não produz nada no Brasil, Lula, por má-fé ou ignorância, despreza os empregos que os negócios do empresário geram por aqui por meio do X, antigo Twitter, Tesla, Starlink e por aí vai,
Titubearam
Os deputados Eduardo da Fonte (PP) e Waldemar Oliveira (Avante) foram os únicos da bancada pernambucana que se abstiveram na votação que chancelou a prisão de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
Rejeição na terra do triplex
Não é boa a avaliação de Lula em Guarujá, onde o petista foi acusado de ganhar um rico triplex. Ele é desaprovado por 55,3% do eleitorado, revela levantamento divulgado nesta quinta (11) pelo Paraná Pesquisas.
Farra das ONGs
O deputado Filipe Barros (PL-PR) prometeu apresentar um projeto para restringir a atuação de ONGs internacionais no Brasil. É um passo para o fim da farra das organizações que se refestelam sobretudo na Amazônia.
BRB em alta
A elogiada gestão do Banco de Brasília registrou, em 2023, alta de 24,4% no lucro líquido recorrente, o que representa R$200 milhões. A clientela do banco saltou de 650 mil para 7,6 milhões em cinco anos.
Pela soltura
Na votação que validou a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), deputados de dois partidos alinhados à esquerda votaram contra a manutenção do cárcere: Partido Verde (PV) e PDT.
Pensando bem…
…contrariar o Congresso não acabou bem para o último presidente.
Frase do dia
“Negligenciar a saúde pública é negligenciar os brasileiros”
Deputada Rosangela Moro (União-SP) sobre corte de verbas da Farmácia Popular
Poder sem Pudor
Rigor conventual
Era um almoço oferecido a empresários de outros Estados, no Palácio das Princesas, pelo então governador de Pernambuco Roberto Magalhães. Durante a sobremesa, um dos convidados elogiou a fruta servida. “É um fruto divino!”, brincou Sileno Ribeiro, poderoso secretário do Gabinete Civil de Magalhães. Brincou com fogo. D. Jane, a influente primeira-dama, católica fervorosa, achou que o secretário cometera uma blasfêmia. Reza a lenda que ela teria exigido sua demissão e que foi atendida.
Poder sem Pudor
Tortura e sacrifício
Jânio Quadros era governador e vivia às turras com o jornal O Estado de S. Paulo, cuja independência não tolerava, nem às insinuações sobre seu apego aos copos. Após negociação, da qual participaram políticos como José Sarney, Jânio fez uma visita ao dono do jornal, Júlio de Mesquita Neto, que logo ofereceu ótimas opções de uísque. Jânio soltou uma lorota: “Mas, doutor Júlio, eu não bebo! Só aprecio leite!” O anfitrião pediu licença, foi à cozinha, arranjou uma enorme caneca, usada para beber chope, e a encheu de leite. Enquanto durou a visita, Jânio não largou o canecão. Disciplinadamente, bebeu tudo. Um litro de leite.