Às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando as coisas da vida. Tanto esforço de certas pessoas por um lugar ao sol neste mundo, até que em muitos casos vale a pena, ao contrário do que alguns costumam dizer: que tudo passa, tudo sempre passará, pois que não levamos nada desta vida. Mas se quisermos poderemos deixar um legado de trabalho, de empreendedorismo que ajuda muita gente aquém de nós viver e sobreviver, através de nosso suor, o suor dos justos e não dos acanhados.
O que não faz sentido nesta vida é o cara vender a alma ao diabo, “desonestizar” a vida, eleger a grana como seu Deus, pois que lá no final de seus últimos momentos de respiração, ou seja, a morte, vai com certeza se transformar em um pesadelo, porque é a hora do juízo final e lá no tribunal celeste não existe aquele famoso “jeitinho brasileiro”, é dura lex sedi lex cara pálida!
RUBEM BRAGA
“Certa vez lendo um texto do escritor Rubem Braga, deparei-me com esta beleza de cenário: “Uma revista mais ou menos frívola pediu a várias pessoas para dizer as “dez coisas que fazem a vida valer a pena”. Sem pensar demasiado, fiz esta pequena lista:
- Esbarrar às vezes com certas comidas da infância, por exemplo: aipim cozido, ainda quente, com melado de cana que vem numa garrafa cuja rolha é um sabugo de milho. O sabugo dará um certo gosto ao melado? Dá: gosto de infância, de tarde na fazenda.
- Tomar um banho excelente num bom hotel, vestir uma roupa confortável e sair pela primeira vez pelas ruas de uma cidade estranha, achando que ali vão acontecer coisas surpreendentes e lindas. E acontecerem.
- Quando você vai andando por um lugar e há um bate-bola, sentir que a bola vem para o seu lado e, de repente, dar um chute perfeito – e ser aplaudido pelos servente de pedreiro.
- Ler pela primeira vez um poema realmente bom. Ou um pedaço de prosa, daqueles que dão inveja na gente e vontade de reler.
- Aquele momento em que você sente que de um velho amor ficou uma grande amizade – ou que uma grande amizade está virando, de repente, amor.
- Sentir que você deixou de gostar de uma mulher que, afinal, para você, era apenas aflição de espírito e frustração da carne – a mulher que não te deu e não te dá, essa amaldiçoada.
- Viajar, partir…
- Voltar.
- Quando se vive na Europa, voltar para Paris, quando se vive no Brasil, voltar para o Rio.
- Pensar que, por pior que estejam as coisas, há sempre uma solução, a morte – o assim chamado descanso eterno.”
E pronto! A vida é mesmo assim não chore não. Bem melhor cantar. Espante o mal pra bem longe da ilusão…(royalties para a cantora Alcione, a nossa Marrom Glacê).
Diante disso e mais aquilo que tal ouvirmos a música “Pra que Chorar?” de Alcione que vai casar muito bem com o texto acima por mim escrito: