Deu no Estado de Minas
O ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), entre 2007 e 2009, durante o segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Roberto Mangabeira Unger, negou que vá entrar com habeas corpus preventivo em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para evitar que ele seja preso.
“Informo ser falsa a notícia de que pretendo fazer, a favor do ex-presidente Bolsonaro, um pedido de habeas corpus preventivo. Na primeira oportunidade que tiver, tratarei de expor a meus concidadãos como vejo a perigosa situação que se estabeleceu no país”, escreveu, em suas redes sociais, o professor de Harvard.
DEU NA FOLHA – Informação publicada pelo “Blog da Mônica Bergamo” nesta quinta-feira indicava que Unger entraria com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma possível prisão de Bolsonaro. A apuração de Bergamo indicou que o filósofo e o ex-presidente teriam se encontrado pessoalmente para tratar do tema e que a medida visava buscar a reconciliação do Brasil.
A possibilidade de que Bolsonaro seja preso por tentar articular um golpe de Estado antes de Lula assumir, estaria sendo vista como um ingrediente que pode radicalizar os apoiadores bolsonaristas.
Unger, que também foi ministro da SAE em 2015 durante o governo de Dilma Rousseff (PT), é professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desde 1971. Ele também foi um dos principais apoiadores de Ciro Gomes (PDT) nas eleições de 2018 e 2022.
UM MINUTO POR FAVOR: O desmentido foi enviado por Wilson Baptista Júnior, editor do excelente blog cultural Conversas do Mano. Vamos aguardar o que dirá Mônica Bergamo, uma grande jornalista, que certamente vai explicar o ocorrido. Segundo o jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o ex-presidente Bolsonaro teve ao menos duas conversas recentes com Mangabeira Unger, sobre seus problemas jurídicos. Uma delas ocorreu durante um almoço entre os dois em novembro de 2023, na capital paulista. O encontro foi mediado por Fabio Wajngarten, advogado e assessor de comunicação do ex-presidente. Na conversa, Unger demonstrou contrariedade com a inelegibilidade do ex-presidente aprovada pelo TSE em outubro do ano passado e aventou a possibilidade de um habeas corpus preventivo.