De início, o presidente Lula tem de fazer um “mea culpa” e reconhecer os próprios erros, pois se transformou num mago da política, que precisa medir suas palavras e declarações, em função da enorme repercussão que sempre ocorre com seus pronunciamentos, que têm o poder de levantar do túmulo até quem parecia defunto duro igual a pedra.
Na onda provocada por Lula, e diria até que foi um tsunami pró-Moro, o ex-procurador do power point Deltan Dallagnol também quis tirar uma casquinha. Também estava apagado na Câmara e conseguiu subir no palco com seu antigo parceiro da Lava-jato. Um batia nos réus, enquanto o outro massacrava.
Não se fala outra coisa, nos jornais, na CNN, na GloboNews, na mídia como um todo. O ressurgimento de Moro, por culpa de Lula, conseguiu tirar do noticiário a muamba das joias, um regalo dos Sauditas, que Bolsonaro tentou trazer sem pagar imposto na Alfândega de Guarulhos.
PAULO COELHO
Agora, o que está dando o que falar, entre gregos e troianos, foi a crítica de um grande eleitor de Lula, o acadêmico da ABL e escritor Paulo Coelho, que afirmou: “O terceiro mandato de Lula está patético, citou o desqualificado Sérgio Moro e não consegue resolver o problema do Banco Central”.
E o PT logo criticou Paulo Coelho nas redes sociais, uma insanidade. O partido precisa reconhecer os erros e agradecer a crítica de um aliado. Paulo Coelho sempre votou em Lula, que está dando tiros no pé, enquanto deixa os adversários avançarem e fazer gol na meta do governo. Sérgio Moro está rindo à toa nos bastidores, é claro.
E quem não gostou nada dessa exposição midiática de Sérgio Moro? Acertou quem apostou em Jair Bolsonaro, que teme uma candidatura de Moro em 2026, dividindo os votos da direita.