Quando Ciro Gomes foi governador no período de 1990 a 1993 o prefeito do Crato era o médico José Adega. O entendimento entre ambos era algo muito difícil de acontecer ao ponto do governador começar a armar uma estratégia para afastar o alcaide cratense em seu último ano de mandato.
Tudo estava bem traçadinho, armaram provas e mais provas contra o filho político da saudosa dona Maria Muniz. A justiça muito bem municiada de denúncias na sua maioria vazias, mas a vontade cada dia crescia de tirar a força o homem do cargo. Sabem o que aconteceu? O meu saudoso tio jornalista Edilmar Norões vendo que aquilo seria uma barbaridade, um ato altamente antidemocrático e extemporâneo, escreveu uma matéria curta e grossa. Segundo ele, agir daquela maneira seria o fim da picada, principalmente porque em novembro deste mesmo ano haveria eleição para a sucessão municipal e nada mais salutar que deixar a decisão nas mãos do povo. Caso elegessem o candidato do prefeito José Adega foi porque assim o povo o quis. Caso não, tudo estaria resolvido e devidamente dentro da democracia.
Por conta desse entendimento de meu tio Edilmar Norões os poderosos de plantão a nível estadual recuaram, José Adega prosseguiu como prefeito e o povo decidiu não eleger o seu candidato, optando por Antonio Primo de Brito que foi o candidato de Ciro Gomes e Tasso Jereissati e a normalidade voltou a reinar em nossa cidade.
Estou revivendo essa página de nossa história política para mandar um recado exemplar para os atuais donos do poder em nosso Estado que estão iniciando um esboço de processo de cassação extemporânea contra o atual prefeito Glêdson Bezerra que vem liderando todas as pesquisas de opinião, justamente por vir realizando uma administração profícua e idônea que vem despertando a admiração da maioria de seus conterrâneos. Querer ganhar do homem no tapetão é um ato ignóbil e vil que poderá manchar para sempre a biografia de todos aqueles que estão engendrando essa manobra. Procurem fazer como Ciro o fez na época com Zé Adega, preparem uma candidatura de relevo e busquem ganhar no peito e na raça. Assim é o que o povo espera da classe política: ganhar no voto e não no tapetão. Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia política!!!!!!