GRANDIOSO E IMORTAL ARIANO SUASSUNA NAS RUAS DO RECIFE

Circuito da poesia do Recife: Ariano Suassuna

          Ariano Vilar Suassuna, uma das maiores figuras da cultura brasileira, que brilhou como escritor, filósofo, dramaturgo, romancista, artista plástico, ensaista, professor, poeta e advogado, tem sua estátua na Rua da Aurora, Nasceu em 1927, no Palácio da Redenção, sede do governo da Paraíba, na cidade de Nossa Senhora das Neves,, que depois virou João Pessoa, filho de João Suassuna, que era o presidente do estado da Paraíba (como eram chamados os governadores). No ano seguinte, o pai deixou o governo do estado e a família se mudou para a Fazenda “Acauã”, em Sousa.

          Durante a Revolução de 1930, seu pai, então deputado federal, foi assassinado por motivos políticos, no Rio de Janeiro. Em 1933, a família mudou-se para Taperoá, no sertão da Paraíba, onde Ariano iniciou os estudos primários. Teve os primeiros contatos com a cultura regional assistindo às apresentações de mamulengos e os desafios de viola. Em 1943, muda-se com a família, para o Recife. Foi estudar, interno, no Colégio Americano Batista. Depois foi para o Ginásio Pernambucano. Estreou na literatura em 1945, com o poema “Noturno”, publicado no Caderno literário do Jornal do Commercio. No ano seguinte, ingressa na Faculdade de Direito do Recife, onde fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco, junto com Hermilo Borba Filho. Escreveu para o grupo suas primeiras peças, “Uma Mulher Vestida de Sol” e “Cantam as Harpas do Sião”. Em 1950 concluiu o curso de Direito e passou a se dedicar à advocacia e ao teatro.

          A partir de 1956, Ariano Suassuna passou a dar aulas de Estética na Universidade Federal de Pernambuco e abandonou a advocacia. Em 1957 casou-se com Zélia de Andrade Lima, com quem teve cinco filhos: Maria, Manoel, Isabel, Mariana e Ana  Permaneceu como professor até 1994, quando se aposentou. Poorém em 2008 voltou a dar aulas na UFPE, no curso de Letras, ministrando a cadeira de Estética.

          Em 1970, Ariano Suassuna criou e dirigiu e dirige o Movimento Armorial, com o objetivo de realizar uma arte brasileira erudita a partir das raízes populares. Mais do que um movimento, o armorial buscava ser um preceito estético que partia das ideias de que é preciso criar a partir de elementos realmente originais da cultura popular do país, como os folhetos de cordel, os cantadores, as festas populares, entre outros aspectos.

          Ocupou a Cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras; a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras e a Cadeira 35 da Academia Paraibana de Letras. Em 2012, foi indicado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal representante do Brasil na disputa pelo Prêmio Nobel de Literatura. Na administração pública foi secretário de Educação e Cultura da Cidade do Recife, secretário de Cultura de Pernambuco, secretário especial de Cultura de Pernambuco e secretário da Assessoria Especial do governador Eduardo Campos. Em 2011 foi nomeado presidente de honra do PSB, partido que era filiado desde 1990. Foi Membro fundador do Conselho Federal de Cultura; nomeado, pelo Reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE

          Em 1955, Ariano escreveu sua peça mais famosa, O Auto da Compadecida, que se enquadra na tradição medieval dos Milagres de Nossa Senhora e, em que, numa história mais ou menos profana, o herói em dificuldades apela para Nossa Senhora. Em estilo simples, o humor e a sátira unem-se num tom caricatural, porém com sentido moralizante. J´ganhou versão para o cinema e a televisão. Outras peças também fizeram muito sucesso como “O Rico Avarento”, “O Casamento Suspeitoso”, “O Santo e a Porca”, “A Farsa da Boa Preguiça” e “O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.”

          Criou as aulas espetáculos, que misturavam cultura com humor e que eram maravilhosas, assisti a várias. O sucesso foi tão grande, que Ariano teve que vencer seu declarado pavor a viajar de avião, para apresentá-la em várias cidades do país.

          Ariano Suassuna tinha uma paixão especial: o Sport. Desde que chegou ao Recife, tornou-se torcedor “doente” do rubro-negro. Não perdia um jogo do time e não costumava perdoar erros dos juízes contra o time. Adorava usar camisa vermelha e calça preta, traje que chamava de “esporte fino.”

          Tive o privilégio de ser seu amigo, de entrevistá-lo, de ouvir suas histórias sempre gostosas. Era, acima de tudo, uma pessoa, alegre, feliz. Nascido na Paraíba foi um dos maiores pernambucanos da história.

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Um dia acordei para ‘jornalizar’ a vida com os meus leitores. Nesta época trabalhava no extinto jornal Tribuna do Ceará, de propriedade do saudoso empresário José Afonso Sancho. Daí me veio a ideia de criar o meu próprio site. O ponta pé inicial se deu com a criação do Caririnews, daí resolvi abolir este nome e torna-lo mais regional, foi então que surgiu O site “Caririeisso” e, desde lá, já se vão duas décadas. Bom saber que mesmo trabalhando para jornais famosos na época, não largava de lado o meu próprio meio de comunicação. Porém, em setembro de 2017 resolvi me dedicar apenas ao site “Caririeisso”, deixando de lado o jornal Diário do Nordeste, onde há sete anos escrevia uma coluna social…

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