Vicente Limongi Netto
Singelo, harmonioso, divertido, inesquecível, belo e agradável o desfile de 7 de setembro na Esplanada. O público aplaudiu tudo com entusiasmo. O palanque presidencial colorido e elegante. Lotado de patriotas. Dona Janja de vermelho, mostrando que o PT veio para ficar. Lula usava vistoso terno azul esperança e com uma faixa presidencial imensa, passando do joelho, feita sob medida para Jair Bolsonaro, porque a anterior não cabia nele.
O boquirroto ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, não deu o ar da graça, depois de chutar o pau da barraca, com desastrada declaração contra a lava-jato, enfatizando que a prisão de Lula foi uma “armação”. Síntese da farsa anunciada: só Collor de Mello foi servido na bandeja dos capachos engravatados.
Quando o batalhão de cavalaria passou em frente ao palanque presidencial, os cavalos relincharam, saudando as autoridades. Lula não se fez de rogado, sorriu, fazendo um L. Foi emocionante.
VOTO SECRETO??? – Vergonhosa, ridícula, deplorável, arrogante, desprezível, infeliz e inacreditável declaração de Lula, favorável ao voto secreto dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
“A sociedade não precisa saber como o ministro votou”, aduziu, esbaforido, o presidente, sem mostrar nenhum pudor. Lula deveria falar menos e comer mais jaboticabas. Nesse sentido, salientou o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) que a declaração de Lula “já merece destaque no concurso de frase mais tosca do ano” (Coluna “Eixo Capital” – Correio Braziliense – 06/09).
Em defesa da abissal tolice de Lula, surgiu ofegante, fogoso saltitante, e altaneiro o ministro da Justiça, Flávio Dino, destaque do noticiário político como futuro ministro da Suprema Corte. E era só o que faltava…