LOROTA POLÍTICA I
Severino Cabral
Em campanha para a prefeitura de Campina Grande (PB), Severino Cabral, pai do ex-senador e embaixador Milton Cabral, muito intuitivo, tinha uma equipe para fazer seus discursos e auxiliá-lo ao pé-de-ouvido nos palanques. Num comício, ele desatou a fazer promessas, até anunciou que, eleito, levaria para a cidade um grande empreendimento. Ao seu ouvido, baixinho, o ex-deputado Raimundo Asfora orientou: “…em convênio com a Sudene.” E ele repassou para a multidão o que havia entendido: “…e vou construir também um convento para a Sudene!”
LOROTA POLÍTICA II
Ex-presidente Janio Quadros
Como todo político em campanha, o estômago de Jânio Quadros tudo aceitava sem direito a queixas. E ele se derramava em elogios, às vezes imerecidos. Foi o caso da torta de odor suspeito oferecida pela mulher de um prefeito, no interior de São Paulo. Ele mentiu: “Que delícia! Seria ótimo outro bocado para a viagem de amanhã!” Ao amanhecer, quando se preparava para partir, recebeu da orgulhosa senhora uma nova torta. Jânio agradeceu, comovido, até enxugou uma lágrima inexistente. Mas a atirou no lixo, tão logo dobrou a esquina.
LOROTA POLÍTICA III
Magalhães Pinto
Em Minas, chamavam o senador e ex-governador Magalhães Pinto de “Dr. Magalhães”, mas ninguém sabia informar ao certo por que ele fazia jus ao título. Afinal, ele era formado em quê? Um jornalista gozador resolveu tirar a dúvida com um dos principais adversários dele, Tancredo Neves, logo ele. Dr. Tancredo apertou os olhinhos e disparou: “Não sei em quê ele é formado, mas posso garantir uma coisa: nunca conheci um colega de turma do Magalhães…”