

Grande Tadeu Alencar no momento em que recebeu a honraria
O querido amigo Tadeu Alencar que daqui do Cariri com laços mais apertados nas cidade de Araripe e Jardim, porém, apreciador inveterado das três cidades do Crajubar, aliás, bom registrar que procurou uma barbalhense para casar e constituir uma família linda. Em Recife conseguiu chegar à Câmara Federal por Pernambuco e atualmente é secretário-executivo do Ministério do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, recebeu da Câmara Municipal de Recife, último dia 13 de dezembro, a mais alta comenda do Poder Legislativo Municipal: a Medalha de Mérito José Mariano.

Tadeu Alencar em seu speech
Vamos apreciar um pequeno trecho do discurso de Tadeu Alencar na ocasião: fi-lo por merecer essa comenda com o nome de José Mariano e vos lembro, pedindo vênia, que nisso não vai nenhuma soberba. Finalmente, quero expressar a minha fé na vida.
Boa parte dessa crença se faz com o afeto repartido com os amigos.
As nossas tantas imperfeições parecem perder combustão diante do cimento dessa dimensão maioral do afeto compartilhado; e as nossas virtudes, escassas virtudes, quando reunidas, quando se dão as mãos, parecem ganhar energia, vivacidade, cor, e nos fazem professar, juntos um cântico de esperanças.
A humanidade tem jeito.
Os amigos, são uma dádiva: obrigado, por me fazerem acreditar no sublime, por renovar a minha fé. Repito-o à exaustão: das quatro estações, a vida só tem mesmo duas: os amigos e os amigos!
“ Um galo sozinho não tece uma manhã “.
Mas há uma espécie de amizade qualificada, mais grave, mais cara, que faço questão de anotar no exercício desse tabelionato amoroso: a família.
Estão aqui irmãos, irmãs, cunhadas, cunhados, sobrinhos e sobrinhas, tios, primos e primas, a quem expresso minha gratidão por estarem aqui trazendo a expressão viva daqueles que vindos do Araripe, a terra dos ancestrais, e depois de por longos anos experimentarem a graça de viver no Recife, na Boa Vista de modestos e arrebatadores encantos, também se encantaram nesta linda cidade.
A Zuzu e Zeraldi, o meu tributo público de amor.
E tem a família que a gente escolhe para seguir a navegação que, dure quanto durar, é sempre de longo curso.
A que permanece unida não por obrigação, que nos ajuda a desafiar o torpor do cotidiano, que nos dá o prazer de colher flores no campo, e encher com elas o vaso da mesa, para saudar um dia de sol, semear a alegria quando a melancolia nos bate à porta.
Filhos e netos é uma alegria sem tamanho.
A minha filha Lara que cá não está porque mora em Portugal, na cidade-irmã do Recife, a cidade do Porto.
A ela e sua família, Vanessa, Sophia, Felipa e Benício, a expressão do meu amor. Filipa é um raio de sol, com os cabelos cor de ouro, com os olhos da cor de azul anil!
E Tomás, filho amado, com a nossa querida Maria Eduarda, filha também, que nos deram dois motivos acrescidos para viver: Dudu, que é a alegria das minhas horas na maturidade, um canário que veio cantar à minha janela, com a sua personalidade interrogativa, o meu pequeno Sherlock e a lua que invadiu o meu céu há poucos meses: Maria, essa pedrinha preciosa que faz o mundo se acender toda vez que me olha com doçura.
Por fim, não menos importante, Vanessa, minha companheira da vida inteira, que pinga o açúcar dos canaviais da Barbalha de onde vem, sem deixar de ser, sempre, mulher de opinião, afirmada não raro com a categoria de quem tem razão, com olhos que de há muito me aprisionaram em voluntária e abençoada prisão.
Companheira de uma longa travessia, alta tensão, baixa tensão, estamos juntos, cada vez mais firmes, no propósito do amor que se renova a cada dia.
Quando recebi o título de cidadão recifense, em 03 de setembro de 2004, nesta mesma tribuna, há vinte anos, afirmei que o Recife era lugar escolhido para viver e ser enterrado, lugar escolhido para a eternidade.
Hoje reafirmo o que disse, embora de outro modo: ao invés de ser enterrado no Recife, quando chegar a hora, que espero seja rudemente impontual se demore bastante, quero mergulhar nas águas turvas do Capibaribe e Beberibe, para gozar a eternidade na imensidão azul do oceano atlântico.“
Recife, Casa de José Mariano, aos 13 de dezembro de 2024, dia de Santa Luzia.

UM MINUTO POR FAVOR: Tadeu Alencar fez parte de nosso grupo de amigos quando morávamos em Fortaleza. Faziam parte dessa turma além de meus primos e primas, Afrânio Barreira, João Carlos Diógenes e outros mais legais. Tadeu acredito que antes de se transferir para o Recife, morou em Fortaleza ou senão passava férias por lá. Mas acredito que morou uma época por lá.
