Pedro do Coutto
Ontem, um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o poder de compra dos brasileiros diminuiu quase pela metade ao longo de uma década devido ao aumento nos preços dos produtos nos mercados, enquanto o salário médio anual permaneceu praticamente estagnado.
A análise aponta que a população agora adquire menos itens no mercado com o mesmo valor que gastava anteriormente, resultando na necessidade de desembolsar mais dinheiro para obter a mesma quantidade de produtos. É a prova de que os ganhos obtidos pelo trabalho perderam para a inflação e isso explica o altíssimo grau de inadimplência que atingiu os brasileiros.
AUMENTO – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, considerado a inflação oficial do país, apresentou um aumento de 88% ao longo de uma década. Em contraste, o salário médio anual dos brasileiros, considerando o 13º salário e as férias, registrou um aumento de aproximadamente 3% nesse período, passando de R$ 38.484,44 para R$ 39.604,44, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE.
O estudo destacou ainda que o volume de compras dos brasileiros diminuiu a cada ano desde 2013, abrangendo itens como mercado, aluguel, combustível, despesas pessoais, entre outros. Ao longo do tempo, tornou-se cada vez mais necessário cortar itens da lista de compras. É preciso que as promessas de campanha tornem-se efetivamente em ações concretas, tornando a corrida dos salários contra a inflação menos desigual, conforme observado ao longo dos últimos anos.
DESISTÊNCIA – O governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, anunciou no último domingo, a sua desistência da corrida presidencial de 2024 nos Estados Unidos. Ele manifestou apoio ao ex-presidente Donald Trump. O anúncio foi divulgado em um vídeo compartilhado nas redes sociais e causou surpresa, porque foi feito dias antes das primárias republicanas em New Hampshire, que aconteceram ontem.
DeSantis era um dos principais adversários de Trump para concorrer à indicação para disputar a Casa Branca em novembro pelo Partido Republicano. A sua saída deixa Nikki Haley, ex-embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, como a única rival significativa de Trump.
Na última semana, Trump havia vencido com folga as primeiras prévias para a disputa pela Casa Branca do Partido Republicano. Eleitores republicanos de Iowa, historicamente o primeiro a votar, escolheram Trump em uma vitória histórica. O problema agora se deslocará para o registro da candidatura de Trump pela Justiça, o que marcará uma questão essencial.