

Na Copa de 1958, conta a história que, antes do jogo com a URSS, vencido pelo Brasil por 2×0, o treinador Vicente Feola fazia sua preleção, incentivando os jogadores até que olhou para o ponta-direita Garrincha, o anjo das pernas tortas, onde se prosseguiu o seguinte diálogo:
– Garrincha, é o seguinte: você pega a bola e dribla o primeiro beque. Quando chegar o segundo, você dribla também. Aí vai até a linha de fundo, cruza forte para trás, para o Vavá marcar (o gol)”.
Garrincha, calado, assustado com as instruções, falou:
– Tudo bem, Feola, mas o senhor já combinou com os russos?
Desde então, a expressão “faltou combinar com os russos” é usada quando algo que parecia combinado não acontece. É, com certeza, um bom ensinamento para a política, visto que muitas vezes as organizações e/ou movimentos programam ações sem prever o que o “outro lado da história” possa fazer.
Recordo esse fato da história do futebol brasileiro para sugestionar alguns palpites sobre a política de Juazeiro do Norte. Nas eleições municipais de 2024, os maiorais da política estadual resolveram bolar uma estratégia com a pretensão de tirar das mãos do prefeito Glêdson Bezerra o poder, colocar catinga na sua vontade de ganhar um repeteco de mandato. Só que não combinaram toda a jogada política com os romeiros e finalizou com o prefeito conseguindo a reeleição.
Agora vejo outra armação mais ou menos parecida com a da eleição passada que é a de juntar alguns políticos num esquema só, ou seja, em um partido que busca a todo custo não ser tragado pelos ventos da modernidade, inclusive seu líder maior, tentando obter um desfecho positivo e todos os participantes da ideia saírem ganhando e o povo juazeirense mais uma vez perdendo. Sim, pois seria bom saber que o povo no pleito municipal de 2024 deixou bem claro que não aceita conchavos políticos que o faça mais uma vez vítima desse tipo de embolada. Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia política!!!!!!
UM MINUTO POR FAVOR: bom a classe política romeira começar a pensar em estratégias distantes das do passado, pois o modus operandi dos dias de hoje, necessita de estratégias que decifrem as modernas táticas de campanha, como organizar a abordagem ao eleitor e ter a sapiência necessária no sentido de convencê-lo. Sem isso, arre égua(!), tudo vai para o beleléu.
