Nos últimos anos, o chamado jejum intermitente — ficar sem comer por uma determinada janela de tempo — tornou-se bastante popular. Porém, um estudo publicado na Revista da Associação Norte-Americana do Coração constatou que a prática pode não ser eficiente para a perda de peso. Em vez disso, os pesquisadores descobriram que a tradicional restrição calórica, sem necessidade de se jejuar, é a abordagem mais acertada para quem quer emagrecer.
O estudo foi realizado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, com 550 adultos. O índice de massa corporal (IMC) médio dos participantes foi de 30,8, medida que caracteriza obesidade. Os cientistas tiveram acesso ao prontuário médico dessas pessoas, com registros do peso de cada uma delas referentes ao tempo médio de seis anos e três meses.
A equipe criou um aplicativo móvel, Daily24, para que os participantes catalogassem os horários de dormir, comer e acordar para cada janela de 24 horas em tempo real. E-mails, mensagens de texto e notificações no celular incentivaram os voluntários a usarem o sistema o máximo possível. Com base nas informações, os pesquisadores conseguiram medir quanto tempo se passou entre a primeira até a última refeição do dia, quantas horas cada pessoa ficou sem comer após despertar e o intervalo entre a última vez que ingeriu algo e a hora de dormir.
A análise mostrou que o horário das refeições não teve relação com a mudança de peso durante o período de acompanhamento. O número diário total de refeições grandes (compostas por mais de 1 mil calorias) e médias (estimadas entre 500 e 1 mil calorias) foi associado ao aumento de IMC em seis anos. Já os que consumiram refeições pequenas (menos de 500 calorias) e em menores quantidades por dia conseguiram emagrecer. Fonte: Correio Braziliense.