A história da Cachaça no Cariri começou com a transformação de nossa região como grande plantadora de cana de açúcar. Segundo pesquisas, o destilado caririense surgiu do interesse dos homens de negócios caririenses de dimensionarem o leque de produtos oriundos da cana de açúcar. As décadas de 60 e 70 foram primorosas para nós na expansão da produção e engarrafamento deste produto. Já a partir da década de 80 aconteceu um arrefecimento do empresariado em continuar industrializando a mesma e muitos aderiram à venda de sua produção a empresas de renome no Nordeste. As mais famosas cachaças que produzimos aqui no Cariri foram: Mirandinha, Xanduzinha e Kariri com K. Dizem os seus proprietários que na época o custo era elevado demais e deixava a venda inviável, dai que a saída foi sair do ramo.
Por muitos anos a Cachaça foi considerada uma bebida sem valor, mas atualmente o médico Carlos Neves que possui engelho secular, advindo de herança familiar no distrito de Arajara, em Barbalha, vem conquistando o seu espaço no coração dos apaixonados por destilados e conta até com uma legislação especifica, ou seja, tudo nos nos conformes da lei. A sua aguardente de cana Luanda vem despertando as atenções e o paladar de todo o Nordeste do País e vem se tornando comum ser convidado para expor seu destilado em feiras e similares ocorridos pelo Brasil afora, como foi o caso da última que se deu no final de semana passado na cidade de Areia, Paraíba, na Mostra Areia Cachaça.