Fervilham as especulações nos bastidores sobre a sucessão presidencial no Banco do Nordeste (BNB). Conforme fontes com trânsito na entidade de fomento, a situação ainda está aberta. O catálogo de possíveis nomes para assumir o comando do banco, inclusive, vem crescendo nas últimas semanas. As informações são do Diário do Nordeste.
O motivo: várias forças políticas querem abocanhar o controle dessa máquina multibilionária. No ano passado, o BNB desembolsou R$ 49 bilhões, montante recorde. É um essencial vetor de desenvolvimento econômico para a região. Além da cadeira máxima, cargos de direção também são acirradamente disputados.
DISPUTA ENTRE PETISTAS
Dentro do PT, o ex-governador e atual ministro da Educação Camilo Santana tenta emplacar um cearense, Nelson Martins, atualmente assessor especial do governador Elmano de Freitas, com experiências no setor bancário no currículo. O deputado federal José Guimarães, experiente articulador para assuntos de Banco do Nordeste, integra a força-tarefa na tentativa de garantir um nome do Ceará à frente da instituição.
O cargo também é cobiçado pelo piauiense Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social. Assim como Camilo, é figura influente no Governo Lula. Dias tenta posicionar Luiz Carlos Everton de Farias, nome de sua confiança. Hoje secretário de Inclusão Socioeconômica na pasta capitaneada pelo conterrâneo, Farias já foi diretor do BNB, além de presidente da Agência de Desenvolvimento do Piauí e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).
NOTA DA REDAÇÃO DO SITE CARIRIEISSO: Apesar de ser cearense, acredito que quando o Banco do Nordeste foi entregue à responsabilidade dos políticos de nossa terra o desastre foi imenso. A roubalheira foi frenética, senão, vejamos reportagem da época para reforçar este nosso comentário:
O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará denunciou à Justiça Federal o ex-presidente do Banco do Nordeste (BNB), Roberto Smith, e mais 10 dirigentes da instituição, à época, pela prática de gestão fraudulenta. Segundo a denúncia do procurador da República Edmac Trigueiro, os ex-gestores praticaram irregularidades na administração dos recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), provocando um desfalque de R$ 1.274.095.377,97.
De acordo com o MPF, o rombo teria acontecido durante a gestão de Roberto Smith após os dirigentes do banco autorizarem pelo menos 52 mil empréstimos, dentre eles, repasses milionários, a empresários. Segundo a investigação, depois que os empréstimos eram realizados, os gestores bancários ignoravam os procedimentos de cobrança, encobrindo a real situação patrimonial do FNE.
Segundo a denúncia, um relatório de auditoria operacional do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou a existência de clientes com dezenas e até centenas de operações baixadas em prejuízo, sem que tenha sido feita ação de cobrança judicial por parte do BNB. De 55.051 operações auditadas, somente 2.385 possuíam Autorização de Cobrança Judicial (ACJ).
à época o então governador Cid Gomes gratificou Roberto Smith entregando para o cara a presidência da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), órgão vinculado ao Governo do Estado. Roberto Smith hoje anda solto por ai, curtindo o paraíso e o BNB até hoje não viu retornar aos seus cofres um vintém desta montanga de dinheiro surrupiada de seus cofres. Ah, uma jaula!!!!!