Não pegou nada bem a informação de que a partir de nove de março o Aeroporto Regional do Cariri não terá voos diretos para Fortaleza e Recife operados pela Azul Linhas Aéreas. A empresa anunciou que essa será a data final para as rotas, que já tiveram suas passagens retiradas de venda. O cancelamento coincide com o fim das operações da Azul Conecta no estado do Ceará, uma decisão que impacta significativamente a conectividade aérea da região do Cariri.
Esta interrupção das rotas representa um prejuizo significativo não só para Juazeiro do Norte, mas para toda a Região do Cariri, que deixará de ter ligação direta com duas importantes cidades do Nordeste. Arre égua(!), o fim do trecho Juazeiro do Norte/Recife marca o encerramento de uma operação que vinha sendo realizada ininterruptamente desde 2006, acumulando 18 anos de serviços para a população local e turistas. Com isso, a cidade também perde acesso ao importante hub da Azul na capital pernambucana, uma conexão estratégica para viagens nacionais e internacionais.
A outra rota prejudicada será para Fortaleza. Como admitir a descontinuidade de voos partindo de uma região tão importante para o Ceará rumo a Fortaleza? Para o entendido no assunto de voos e aeroportos, empresário José Roberto Celestino, isso será um desastre incalculável.
O impacto negativo se estenderá por diversas áreas como hotéis, restaurantes, bares e outros ligados ao turismo. O intercâmbio comercial e empresarial será também altamente impactado. O turismo religioso nas cidades de Crajubar e Santana do Cariri será outra área afetadíssima. As nossas festas sazonais como Festa de Santo Antonio(Barbalha), Romarias, Juá Forró e Vaquejada(Juazeiro do Norte) e a famosa Exposição do Crato deverão se ressentir pela diminuição de público. Essa suspensão de voos para a nossa Capital na realidade, representa mais um capítulo em uma história de descontinuidade. Nos últimos sete anos, a ligação entre Juazeiro e Fortaleza foi cancelada e retomada diversas vezes, prejudicando a estabilidade do fluxo de passageiros e a integração da região com o restante do estado.
A partir de março, a única operação da Azul em Juazeiro do Norte será o trecho para Campinas (SP), acompanhando o modelo já adotado por Gol e Latam, que conectam a cidade cearense aos grandes hubs de Guarulhos e Congonhas, respectivamente.
A comunidade local e o setor empresarial, que dependem dessas conexões para negócios e turismo, expressam preocupação com o impacto econômico e social que a decisão pode gerar. Líderes da região e representantes do trade turístico já articulam ações para buscar alternativas e pressionar por novos investimentos no Aeroporto Regional Orlando Bezerra de Menezes.