A frase de Tom Jobim e nos tempos de internet foi adaptada para “o Brasil não é para amadores”, sempre mostrando absurdos e situações que são somente vivenciadas no Brasil, para o bem ou para o mal.
Mas o que quero mesmo é me voltar para a política barbalhense, pois vemos hoje que infelizmente a frase é mais profunda, principalmente se tratando de política tupiniquim. O resultado das urnas da última eleição municipal, a de 2020, independente se você ama ou odeia Guilherme Correia Saraiva(PDT) ou Argemiro Sampaio(UB), foi uma tentativa (ingênua) de quebra do status quo político, mudando o protagonista do jogo político que era o Argemiro e apostando em quem prometia estar fora do cenário e que romperia com a antigas regras, com um governo que era dissociado do Poder Estadual. Diziam eles que isso era uma dicotomia e que em muito prejudicava a cidade de Santo Antonio.
Hoje com quase dois anos de mandato de Guilherme Correia Saraiva, notamos que é um governo “amador” (no melhor sentido possível), podemos ver o quanto a escolha foi frustrante e que a Velha Política ainda se impõe, provando a máxima de que Barbalha realmente não é para amadores, principalmente na política. Infelizmente.
O barbalhense está refém de um governo municipal que não o beneficia em nada, onde claramente a vontade de governar em sua plenitude perdeu a razão de ser. O prefeito atual nitidamente possui agenda particular sem o menor interesse em defender aqueles que ele prometeu representar e mais ainda, tripudiando sobre aqueles que teoricamente foram os seus aliados, pois no fundo todos eles não passaram de meros apoiadores para que o atual alcaide conquistasse o objeto de seu desejo.
As próximas eleições municipais de 2024 estão chegando, será bom o povo de Barbalha olhar com cuidado para ela para não cair na armadilha ruim, a opção imperfeita. Se as manifestações das urnas tomarem o mesmo rumo que 2020, o atual governo que até o momento nada fez para chegar, sentirá endossado pelo povo a continuar não fazendo nada. Mas pior ainda, se as manifestações populares barbalhenses forem mirando para um “algo diferente”, a oposição se fortalecerá e o cenário de certeza só crescerá, tornando a Barbalha governável e ganhando quatro anos de um “dever de casa” bem feito.
Que o povo de Barbalha companhe os próximos capítulos desta novelinha política e que ninguém se engane, independente da sua escolha o seu barco é o mesmo que o do seu vizinho. Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia!!!!