Pedro do Coutto
Na reunião do Comitê de Política Monetária que foi iniciada ontem, terça-feira, e será concluída hoje, a pressão contra Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, elevou-se sensivelmente e, com isso, pode-se avaliar que se os juros da Selic não descerem, tal fato desencadeará uma crise de grandes proporções no setor monetário do governo com reflexo inevitável no país.
A atmosfera tornou-se mais densa e tanto ministros do governo quanto lideranças do setor industrial passaram a pressionar pela queda de juros da Selic. Isso porque os juros altos demais desviam recursos de investimentos econômicos para aplicações financeiras cujos reflexos não incidem sobre o mercado de empregos e, portanto, sobre o consumo, restringindo-se à concentração de renda cada vez maior pelos aplicadores de capital.