Fernando Santana
Toda unanimidade é burra e quando essa unanimidade é feita por meios coercitivos ai é que se torna muito pior. O deputado estadual Fernando Santana, segundo ouvi ontem de um influente analista político fortalezense, está tentando formar uma unanimidade à força em torno de um objeto de seu desejo e do seu contraparente Camilo Santana que a olhos nus se enxerga jamais se chegará a bom termo. É como se diz popularmente: um um paraíso perigoso que a palma da com a mão mostrou.
O que Juazeiro do Norte toda comenta nos dias atuais é que todos, sem exceção, estão sendo abduzidos para o lado da candidatura que tem o ferrão dos maiorais do Partido dos Trabalhadores por meios nada naturais e jamais vistos na política romeira: dizem que primeiro usam a arma do convencimento, do privilégio de participar do bolo do poder, caso essa estratégia não funcione, usa-se o poder da força financeira, caso essa forma também não obtenha sucesso, vem a força bruta, revelando ao interlocutor arisco o perigo que isso representa para ele não topar a cantada política, pois existe algo de podre no reino da Dinamarca(citação de Hamlet: “Há algo de podre no reino da Dinamarca” já indica ao leitor que não se trata somente de uma vingança contra um crime, mas de algo ainda pior, algo que transgrede a natureza humana). Todas essas perversões podem ser vistas como as perversões que há muito no mundo político tupiniquim não se via, dai que a vítima pode até por temor das consequências em ficar firme em torno das suas convicções, concordar e se mostrar servil, mas no íntimo o sentimento de repulsa permanecerá dentro de seu ser e sem que ninguém perceba, buscará uma vingança invisível, cruel, apócrifa e essa, convenhamos, é a pior das respostas.
Quando se tem em mente a formação de um projeto de poder, onde a principal estratégia é aquela do convencimento encantador, da estratégia, demonstrando com concretitude que esse é o melhor caminho a ser seguido por se tratar de algo que trará uma verdadeira revolução de princípios e melhorias não só para a casta dominante da cidadela, mas para o conjunto da população, ah, que bom(!), ai sim que maravilhoso será abraçar essa proposta, dividir responsabilidades, trabalhar em conjunto, unir forças transformadoras. Mas do jeito que estamos observando hoje em dia em Juazeiro do Norte, o que está tentando se construir é algo transcendental, perverso, soberbo e que asfixia e anda deixando a classe política local atônita, envergonhada e a levando a pensar que está num estado de espírito tipo como bem cantava o saudoso cantor brasileiro Raul Seixas em sua bela canção intitulada “Ouro de Tolo”: “É você olhar no espelho, se sentir um grandessíssimo idiota, saber que é humano, ridículo, limitado e que só usa 10% de sua cabeça animal. E o pior: sentar no trono de um apartamento com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar. Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais, no cume calmo do meu olho que vê
assenta a sombra sonora dum disco voador…” Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia!!!!
EM TEMPO: Nada melhor do que não fazer nada e que tal a gente dispensar um tempinho no final desta matéria e ouvir a música que me referi neste artigo de autoria do Rauzito: “OURO DE TOLO?” Vamos lá, então