Clarissa Oliveira
Veja
Depois da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) assumiu nos últimos dias a dianteira da ofensiva da legenda contra o Banco Central. O líder petista na Câmara, segundo aliados, tende a assumir a partir de agora um protagonismo maior nas críticas à atual política de juros. E o tom promete ser forte.
Zeca Dirceu começou a colocar a missão em prática nesta semana. Ele publicou um artigo em que diz que “a atual taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central – 13,75% ao ano – é inconcebível à luz de qualquer parâmetro técnico”.
Ele também voltou a cobrar que Roberto Campos Neto, presidente do BC, vá ao Congresso para explicar a política de juros. “Não se trata de fulanizar o problema, mas sim, na presente conjuntura, de analisar as consequências das decisões. E o quadro é claro: a taxa de juros é absurda, exagerada, abusiva.”
NOTA DA REDAÇÃO DO SITE – Sinceramente, é desanimador. Com um líder como Zeca Dirceu, o que se pode esperar da bancada do PT? E quem seria capaz de publicar um artigo de Zeca Dirceu? Bem, essa mediocridade nos faz lembrar Oswaldo Aranha, um grande estadista que vislumbrava outro Brasil. É oportuno repetir e ampliar um de seus comentários mais famosos, para dizer que hoje a Praça dos Três Poderes é um deserto de homens e de ideias. Sem dúvida, parece estar havendo uma pandemia de idiotice que atinge os homens públicos brasileiros, sem que se descubra uma vacina que possa ampliar seus intelectos. E la nave va, cada vez mais fellinianamente, rumo à Terra do Nunca Jamais.