Fernanda Alves
O Globo
Aline Peixoto, mulher de Rui Costa, ministro da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, se emocionou durante sabatina no para o cargo de conselheira no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, na manhã desta segunda-feira.
Ao discursar para os deputados estaduais na Assembleia Legislativa da Bahia, a enfermeira de formação falou sobre as críticas de que foi alvo por concorrer ao cargo mesmo sendo casada com o ex-governador do estado.
DIZ A ENFERMEIRA — “Já faz algumas semanas que, quando o meu nome foi colocado para apreciação da Assembleia Legislativa como postulante ao cargo de conselheira do Tribunal de Contas, passei a ser alvo sistemático de uma série de ataques. Críticas são normais na democracia e eu as aceito naturalmente, ainda que discorde delas. O problema maior é que muitas dessas críticas foram de cunho pessoal, verdadeiras agressões a uma mulher, tentando me desqualificar apenas por eu ser casada com o ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa” — falou Aline Peixoto, que neste momento foi aplaudida pelos parlamentares.
Durante sua fala, Aline citou também sua trajetória como gestora pública em unidades de saúde do estado, lembrando que foi assessora especial da Secretaria de Saúde da Bahia entre 2012 e 2014, tendo depois assumido a presidência das Voluntárias Sociais da Bahia de 2015 a 2022. A entidade é presidida sempre pela primeira-dama do estado.
GESTORA PÚBLICA? – “Toda a minha trajetória de vida, toda a minha experiência como gestora pública, todo o trabalho social que desenvolvo há décadas foi desconstruído. Tentaram apagar a minha história. Tenho orgulho do meu marido e da história que construímos e é o que me dá forças para superar as injustiças — acrescentando, falando que usaram sua indicação para o cargo como “disputa política”, disse Aline Peixoto.
A mulher de Rui Costa é candidata ao cargo de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, com salário mensal de R$ 41 mil. E deverá ser escolhida.
NOTA DA REDAÇÃO DO SITE – A enfermeira Aline desta vez não quer tratar dos outros, prefere tratar de si mesma. Não é a primeira nem será a última mulher de político que ganha cargo de conselheira de Tribunal de Contas, sem ter a menor qualificação, neste país apodrecido e esculhambado.