Deborah Hana Cardoso
Metrópoles
O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou, neste sábado (24/12), que pretende permanecer como apoiador do atual chefe do Executivo durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estarei ao lado do presidente Jair Bolsonaro nos próximos quatro anos, lutando pelo Brasil e, em especial, pelo meu Piauí”, afirmou o ministro.
Além disso, no vídeo, Ciro Nogueira, que também preside o partido Progressistas, rejeita um gorro de Papai Noel, por ser vermelho. A cor é marca registrada do Partido dos Trabalhadores. “Tu tá de brincadeira. Gorro vermelho? Se fosse verde…”, zombou o ministro de Bolsonaro. Por fim, deseja um feliz Natal.
HÁ CONTROVÉRSIAS – Apesar das críticas públicas de Ciro Nogueira contra Lula, nos bastidores, há costuras em andamento. Correligionário do ministro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), recebeu apoio do PT e de partidos ligados à sigla para se reeleger ao cargo.
Além disso, parte do sucesso da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição na Casa se deu pelo empenho do parlamentar alagoano em angariar apoio entre os deputados federais.
Internamente, parte do PP espera que o PT se aproxime do partido e do centro, mas os políticos aguardam para avaliar qual será a postura de Lula após a posse.
CANDIDATO A MINISTRO – Como se sabe, o deputado federal Neri Geller (PP-MS) foi dissidente, declarou apoio a Lula durante as eleições e até foi um dos cotados para ocupar o Ministério da Agricultura, mas perdeu a disputa para o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), já escolhido e anunciado por Lula.
No entanto, interlocutores do PP disseram que Ciro Nogueira “não colocou empecilhos para as tratativas de Neri com o partido” desde a campanha.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É difícil acreditar em Ciro Nogueira, porque ele jamais foi oposição, mas ele tem se mostrado coerente no apoio a Bolsonaro. Mas seu partido, o PP, já tem 14 dissidentes. Seus parlamentares não estão acostumados a serem oposicionistas, digamos assim. Quando encontram um presidente, já vão logo bajulando, por força do hábito.