Carlos Newton
Um jogo eletrizante, digno de uma superfinal entre dois campeões do mundo, ambos em busca do tricampeonato, e com total merecimento. Argentina e França realmente foram as duas melhores seleções deste mundial, com técnicos de verdade, que buscavam a vitória e colocavam em campo os melhores jogadores.
Como previu o comentarista Tostão antes da Copa, este mundial estava na medida para o supercraque Lionel Messi, porque era a última oportunidade de ser campeão. E ele lutou como um gigante, mostrou tudo o que sabe sobre futebol, soube liderar seu time.
ERAM ARGENTINOS – Ao contrário da maioria das seleções, a Argentina se apresentou com uma equipe verdadeiramente nacional, não havia naturalizados no time, enquanto a França colocava em campo uma equipe que quase nada tinha de francesa, uma tendência que já vinha desde a época de Platini e Zidane, pois o time que venceu o Brasil na final em 1998 e já tinha diversos jogadores naturalizados franceses.
De toda maneira, quem saiu vitorioso foi o futebol-arte que o Brasil exibiu nas cinco oportunidades em que venceu a Copa. E ficam lições para a CBF, que já venceu com técnicos medrosos e retranqueiros do tipo Tite, mas isso não pode se tornar praxe. Devem ser selecionados os melhores jogadores, como ensinou João Saldanha, na Copa de 70, ao escalar o melhor time da História.
Vamos torcer para que a CBF tenha aprendido a lição. Esta foi uma Copa que favorecia o Brasil, mas Tite não soube aproveitar a oportunidade. E vida que segue, como dizia Saldanha, apelidado de “João Sem Medo” por Nelson Rodrigues.
P.S. – Já ia esquecendo. O time da França, que a gente pode até chamar de “Legião Estrangeira”, também exibiu um futebol-arte da melhor qualidade, é preciso reconhecer. (C.N.)