Pedro do Coutto
Acompanhando todos os jogos da Copa do Mundo pela televisão, vejo também as mensagens de protesto contra uma série de restrições que resiste há séculos e permanece em diversos países, mantendo um passado inalterado de preconceitos dos países do Oriente Médio contra o corpo e o vulto da mulher.
O destaque que todos nós, homens, damos para a mulher é diário e ininterrupto, assegurado pelo olhar e pela sensibilidade a cada instante. Esta é uma realidade indiscutível. Portanto, o que é indiscutível e não tem a menor lógica é o esforço absurdo de bloquear pelas roupas e pelos véus as formas femininas e as expressões de seus olhos e seus rostos.
PROTESTOS – Os protestos registrados no maior palco mundial possível que é o da Copa, transmitida para os habitantes do planeta pela televisão, demonstram uma reação cada vez maior às limitações nos dias de hoje. Afinal, qual a ideia que esses países fazem da mulher? Um objeto é a resposta, mas um objeto oculto aos olhares que convergem para a beleza, para a sensualidade, para os gestos femininos que encantam a todos nós e a grande parte da humanidade.
Numa partida recente, mulheres foram às lágrimas, emocionadas pelos protestos da seleção de seu país em relação ao caráter praticamente ditatorial aplicado às mulheres no século XXI. O sistema de repressão à beleza já se estende por vinte séculos pelo menos é um absurdo, pois a presença da mulher em todos os setores da atividade humana é cada vez maior e mais eficaz, não dependendo de vestes que ocultem suas formas.