MARCOS PEIXOTO-
CARIRIEISSO
Após o fim da Ditadura de Vargas (a chamada Era Vargas ou Estado Novo – 1930-1945) houve o restabelecimento da democracia brasileira. Em 1945, os partidos políticos reestruturam-se de acordo com os grupos sociais a que estão ligados.
Dessa forma, o período democrático (República Populista), que se estendeu entre 1945 a 1964, foi de uma grande agitação partidária no Brasil.
A organização política se estabeleceu assim:
– PSD (Partido Social Democrático): foi o maior partido da Repúlbica Populista, que atingiu o maior número de votos e o maior vencedor das eleições presidenciais no período. Era composto pela classe média alta e representantes dos setores empresariais. Tinha uma grande bancada no governo e dele faziam parte Juscelino Kubitscheck, Eurico Gaspar Dutra e o marechal Henrique Lott.
– UDN (União Democrática Nacional): a UDN era a representante dos grupos mais tradicionalistas do Brasil. Apresentava dificuldades na representação na bancada do governo por não possuir vínculos com as antigas formações do Estado Novo. Mesmo assim, nas eleições de 1960 conseguir eleger um candidato que não era de suas fileiras, mas tinha grande expressão popular, o ex-governador de São Paulo, Jânio Quadros.
Com o advento da Ditadura Militar, os partidos políticos foram desfeitos, e foi organizado o Bipartidarismo, com a Lei Falcão, que criou a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) de direita e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) com uma “esquerda” consentida pelo governo militar.
Esse foi o grande mal, pois na realidade existia no Brasil algo que um bipartidarismo, onde que abandonava as fileiras do UDN para se entregar ao PSD por esta ou aquela vantagem com certeza na próxima eleição não lograva êxito e nem tampouco gozava de crédito junto dos novos aliados.
Bom dizer que existiam outros partidos nesta época em nosso Pais, só que agremiações nanicas como o Partido Social Progressista (PSP), partido de Adhemar de Barros, o Partido Republicano (PR), o Partido Democrata Cristão (PDC) que elegeu Jânio Quadros Presidente, em 1960, e o Partido da Representação Popular (PRP) que era herdeiro da Ação Integralista Brasileira, tendo Plínio Salgado como seu líder e o Partido Comunista (PCB) de Carlos Prestes.
Estou escrevendo estas bem traçadas linhas de relembranças políticas para contestar o argumento de muitos colegas jornalistas, políticos e até o presidente eleito pela terceira vez, Luis Inácio Lula da Silva, pois que estão a alardear pelos quatro cantos de nosso País que a nossa pátria mãe gentil não poderá continuar dividida, que precisa se unificar politicamente. Sou contra a este pensamento, pois nunca o Brasil viveu período tão áureo quanto ao que remonta ao PSD e UDN, existia fidelidade partidária entre os seus membros, porque senão o povo ia lá e punia os infiéis. Era um bipartidarismo tipo o dos Estados Unidos: Republicanos e Democratas. Bom esclarecer que na terra do Tio Sam também existem vários partidos nanicos, mas que não protagonizam nas eleições americanas.
Aqui no Brasil essa conversinha de que precisamos unir o País é pura malandragem política, tem que continuar essa onda ardente de direita e esquerda, pois esta unificação só serve para trazer à tona os velhos acordos, os petrolões, os mensalões. Lula e companhia ilimitada querem trazer todos para o mesmo saco e construir um governo de coalizão, onde o ilícito deverá falar mais alto como é o costume deles. Na realidade o que o PT e demais esquerdistas querem é ficar com a grande parte do poder e dividir com os demais a outra parte com sabor de malandragem. Sou a favor que cada um a partir de agora, siga em seu quadrado e só assim teremos uma fase política longe, muito longe dos conchavos e das roubalheiras políticas que tanto têm assustado, vilipendiado e empobrecido a nossa gente e o nosso País . Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia!!!!!
EM TEMPO: bom saber que sou a favor do Fla X Flu na política brasileira, mas jamais endossei manifestações homofóbicas, racistas, anti religiosas, apoio ao aborto, armar a população, violência e outras atitudes que fogem do corretamente racional.