CLIMA DA VIRADA DOMINA BOLSONARISTAS E PETISTAS ESTÃO ROENDO AS UNHAS

Valdo Cruz
GloboNews

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (20) movimentou os comitês de campanha do ex-presidente Lula (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na equipe petista, a ordem é não errar na reta final do segundo turno e combater a abstenção. No comitê bolsonarista, a expectativa é pelo “clima de virada” no dia da votação.

O levantamento mostrou Lula com 49% das intenções de voto (52% dos votos válidos), e Bolsonaro, com 45% das intenções de voto (48% dos votos válidos), com empate técnico na margem de erro.

PT sabe que Lula não pode falhar no debate da Rede Globo

NÃO PODE ERRAR – No comitê de Lula, a avaliação é que, se o petista cumprir o roteiro de não errar e convencer os eleitores a comparecer às urnas, vence a disputa. Uma vez que, conforme a pesquisa, entre os votos válidos, Lula tem maioria.

A pesquisa foi recebida como um sinal de alerta no comitê de Lula. O dado positivo, para aliados, foi que o ex-presidente se manteve estável nos 49%. Segundo um coordenador da campanha, a expectativa era que Lula subisse pelo menos um ponto, mas o fato de manter a estabilidade foi visto como bom para o petista.

Já no comitê de Bolsonaro, os dados do levantamento animaram a equipe, que andava atordoada com o caso das meninas venezuelanas. O episódio, avaliam aliados, não provocou perda de votos para Bolsonaro, que confia num “clima de virada” no dia da votação.

NEGATIVO E POSITIVO – No Comitê de Lula, foram vistos como sinais negativos o Sudeste, onde Bolsonaro aumentou a diferença para Lula, chegando a sete pontos; o aumento das intenções de voto do presidente da República entre quem ganha Auxílio Brasil; a oscilação de Bolsonaro no mundo evangélico.

“A pesquisa foi boa do ponto de vista que Lula segue com 49%, o suficiente para ganharmos no segundo turno. Não podemos perder votos, e não estamos. E precisamos combater a abstenção. Se fizermos isso, vamos ganhar”, diz o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos coordenadores da campanha de Lula.

Segundo Randolfe, a coligação de Lula vai começar um forte trabalho para reduzir a abstenção no país. A partir da decisão do Supremo Tribunal Federal, que liberou o passe livre no dia da eleição, o comando da campanha do petista vai buscar convencer prefeitos a adotar a medida. Principalmente no Nordeste, onde o PT e aliados do ex-presidente comandam os Estados da região.

ABSTENÇÃO DECISIVA – Na avaliação do campo petista, se a abstenção não for elevada, Lula vai ganhar a eleição. O ideal, porém, avaliam assessores do petista, é que o ex-presidente crescesse na reta final, mas os blocos de votos dos dois candidatos estão solidificados e o espaço para busca de novos apoios está pequeno.

Já no comitê de Bolsonaro, a avaliação é que a estratégia de avançar no Sudeste está dando certo. A missão, segundo a equipe do comitê da reeleição, é ganhar a mais pelo menos um milhão de votos em cada um dos três maiores colégios eleitorais do país: Minas Gerais, São Paulo e Rio.

O aumento na região Sudeste, onde Bolsonaro subiu de de 48% para 50%, enquanto Lula recuou de 44% para 43%, com a diferença passando de 4 para 7 pontos, foi destacado como um sinal de que a estratégia está dando certo. “A dúvida é se vamos conseguir atingir a meta final, estamos subindo na região estratégica da eleição, que vai decidir o pleito, mas pelo menos vamos chegar empatados e tudo pode acontecer no domingo”, avalia um coordenador da campanha de Bolsonaro.


NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Em tradução simultânea, nos quartéis-generais de campanha de PT e PL alternam-se sensações de euforia e abatimento, em ambos os lados. E quem perder ficará sem dormir direito por vários anos, sentindo-se traídoA política é assimsempre volúvel, injusta e traidora. 

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Um dia acordei para ‘jornalizar’ a vida com os meus leitores. Nesta época trabalhava no extinto jornal Tribuna do Ceará, de propriedade do saudoso empresário José Afonso Sancho. Daí me veio a ideia de criar o meu próprio site. O ponta pé inicial se deu com a criação do Caririnews, daí resolvi abolir este nome e torna-lo mais regional, foi então que surgiu O site “Caririeisso” e, desde lá, já se vão duas décadas. Bom saber que mesmo trabalhando para jornais famosos na época, não largava de lado o meu próprio meio de comunicação. Porém, em setembro de 2017 resolvi me dedicar apenas ao site “Caririeisso”, deixando de lado o jornal Diário do Nordeste, onde há sete anos escrevia uma coluna social…

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