Apesar de minha pouca idade, vivenciei a política e convivi com os mais importantes lideres na década de oitenta para cá, tempo que comecei a entender como era que a coisa funcionava entre os seus operadores.
Prefeito André Barreto não destona no palavrear, mas sabe ser firme quando é hora de tomar atitudes.
Desfrutei de momentos políticos ao lado de Raimundo Bezerra, Walter Peixoto, Pedro Felício, Jósio de Alencar Araripe, Valmir Farias, Adauto Bezerra, Mauro Sampaio, Carlos Cruz, Fabriano Sampaio, Edmundo Sá, Virgílio Távora, enfim, foram muitos que passaram por minha vida. Todos bem maduros e este colunista ainda na fase adolescente. Mas juro que nunca presenciei como hoje estou a presenciar no Crato algumas figuras da política tratando com um profundo desdém o adversário, referindo-se a eles com adjetivos pejorativos. O alvo dessa discrepância no palavrar é o prefeito André Barreto que por ter nascido num lar onde o respeito e a discrição eram cobrados pelos seus pais a toda hora, nunca em tempo algum se deixou dominar por esse tipo de atitude, Isso, de acordo com a minha irmã Fernanda Coelho que é terapeuta ocupacional, pessoas que escorrem por essa fissura aberta em suas personalidades, devem procurar ajuda psicológica o quanto antes no sentido de corrigir essa discrepância comportamental. Caso isso não aconteça o acometido sofrerá uma processo de rejeição social e isso para quem quer se impor como líder político é o fim da picada.
Ex-governador Adauto Bezerra que disputou o Governo do Estado com Tasso Jereissati em 1986. Já Tasso aparece neste clic ao lado do ex-presidente FHC e do saudoso ex-deputado federal juazeirense Mauro Sampaio.
Por mais que gostasse e ainda tenho saudades do saudoso ex-deputado Iranildo Pereira, nunca o abordei para discutir sobre a sua mania política de baixar o nível contra os adversários. Na campanha estadual de 1986 disputaram o Governo do Estado os ex-governadores Adauto Bezerra e Tasso Jereissati, dois empresários de sucesso, filhos de famílias de alta linhagem em nosso Estado. Iranildo Pereira que tinha sido deputado federal em 1978 e permaneceu até 1982, estava na condição de suplente pelo MDB.
Ex-deputado Iranildo Pereira era no tratar com os interlocutores e amigos a pessoa mais dócil do mundo, mas quando pegava o microfone era um arraso.
Iranildo na campanha do Tasso disputou a deputância federal pelo MDB, porém, foi pouco votado, não conseguindo por conseguinte a reeleição. Mas o meu caro camarada xingou por demais o adversário do Tasso o chamando em praça pública de “Coronel do Rabão”, referindo a algumas denúncias assacadas contra o grande homem e político caririense que jamais foram comprovadas.
Tasso que primou por uma campanha propositiva, prometendo uma ruptura com o passado e se comprometendo a redesenhar a forma de administrar o Ceará, sagrou-se vencedor. Só se fez ousar exagerar no palavriado um pouco chulo, quando em discurso se apresentava como o moderno e dizia que os três coronéis(Adauto Bezerra, César Cals e Virgílio Távora) eram coisas do passado, arcaicos. Ganhou por apresentar uma campanha prometendo um governo técnico, eficiente e livre do clientelismo que havia caracterizado os governos anteriores. Tasso se permitiu no máximo explorar a campanha nessa toada.
Já o meu grande amigo Iranildo até tentou retomar um novo mandato na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa, ficou apenas naquela de suplência nos pleitos seguintes exercendo esporadicamente o mandato sob convocação. E em sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia política!!!!!!
