

Quando o empresário Tasso Jereissati assumiu pela primeira vez o Governo do Estado na década de 80, acabou com qualquer tipo de manifestação política no interior do Parque de Exposição Pedro Felício. O palanque oficial da Exposição Centro Nordestina de Animais e Produtos Derivados do Crato foi desativado, pois era nele que a turma que estava comandando o Governo do Estado e, consequentemente, dava as cartas em nossa cidade, utilizava-se do mesmo para fazer as suas apologias políticas, enquanto para a oposição só restava engoli-las em seco. Tornava a coisa desigual, tanto que o palanque oficial por sua inutilidade acabou ficando obsoleto e acredito desconstuído.
Tasso inaugurou uma nova modalidade de abrir oficialmente a ExpoCrato, baseou-se apenas na chegada do governador de plantão, seu séquito de secretários, assessores e a caravana política de seu apreço que na entrada principal do Parque hasteavam as bandeiras do pavilhão nacional e, logo após, saiam todos para voltear pelo interior do Parque de Exposições. Bom esclarecer que a a oposição também tinha todo o direito de promover a sua manifestação. Democracia total.
Mas do ano passado para cá entregaram a parte social da festa para um político que detém um mandato de deputado federal e este casou e batizou na festança do ano passado, causando mal estar tanto na situação quanto na oposição políticas. As estruturas de palco, cantores, enfim, toda a estrutura de dentro do local destinado para shows foi usada e abusada para servir de palco publicitário do político em questão. Só que neste ano a coisa mudou de perfil e o Ministério Público do Ceará vai recomendar a proibição de qualquer tipo de publicidade política em toda a ExpoCrato. Acho que essa decisão não tem que ter o tom de recomendação, mas de proibitiva na essência, pois a nossa festa tem que perder novamente esse tipo de conotação politiqueira em favor de apenas um político. Sendo assim, estamos para lá de conversados. Sorry periferia Política.
