Já postamos matérias neste site Caririeisso advertindo sobre as malandragens de quem está no poder para manipular as pesquisas de opinião. Aqui no Ceará os Grupo que está na crista da onda, o dos vermelhucos, é campeão em ganhar eleição na base da indução do eleitorado, fazendo uso de pesquisas compradas. Estranho não é comprar os institutos de pesquisas, mas comprar alguns meio de comunicação famosos em nosso Estado como é o caso do jornal Diário do Nordeste, local onde trabalhei e tenho até um certo carinho pela casa.
Mas, infelizmente, a direção do DN caiu na armadilha do ganhar dinheiro público fácil e aceitou publicar uma pesquisa questionável, pesquisa em que o secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Ceará, Francisco das Chagas Vieira, está sendo advertido que vai ser obrigado a pagar uma multa diária no valor de R$ 2 mil, caso o gestor, responsável pela administração dos recursos de publicidade da gestão estadual não remova, no prazo de 24 horas, uma publicação na rede social Twitter feita no último sábado (17/09) referente ao resultado de uma pesquisa eleitoral sem registro prévio.
A ação contra a publicação foi movida pelos advogados da coligação ‘Do Povo, Pelo Povo e Para o Povo’, que tem como candidato o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). “O representado, Sr.Chagas Vieira, divulgou, em suas redes sociais TWITTER (https://twitter.com/chagasvieira), mais especificamente no link
https://twitter.com/chagasvieira/status/1571293234562797579, pesquisa fraudulenta, em descumprimento ao disposto no art. 33, da Lei nº 9.504/1997, bem como art. 17 da Resolução TSE nº 23.600/2019, “na tentativa de disseminar dados falsos, para convencer o eleitorado cearense de que seu candidato petista estaria bem nas pesquisas de opinião”, alegaram os advogados.
Quer dizer, não havia naquele momento nenhuma pesquisa registrada que informasse tal resultado. É por essas e outras que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os Tribunais Regionais Eleitorais em todo o país conduzem 291 processos que questionam a divulgação de pesquisas de intenção de voto sobre as eleições de 2022. Nos resultados das sondagens que estão sob investigação, foram apontados diversos problemas, como fraudes, ausência de requisitos mínimos para publicação, irregularidades nos questionários ou nos métodos de análise, entre outras acusações.
A maior parte dos processos (52%) solicita acesso ao sistema interno do controle de dados dos levantamentos, para descobrir como foram feitas as irregularidades.
Mas existem muitas ações indicam a divulgação de estudos fraudulentos. Falta de registro no TSE, proibição do acesso dos partidos aos dados e uso para propaganda política na internet e nas redes sociais também são assuntos abordados.
MUITAS FORAM JULGADAS – Da lista de ações reconhecidas pela Justiça Eleitoral, 284 já constam como julgadas. Entre as sanções impostas pelos ministros aos institutos, estão: retirar do ar materiais em discordância com a legislação ou refazer as consultas nos moldes regulamentados pela Justiça Eleitoral.
Os dados foram levantados pelo Metrópoles no sistema DivulgaCand, na sexta-feira (23/9).
A plataforma está tornando público o quantitativo de processos referentes ao pleito deste ano. Mas as informações podem variar, a depender das movimentações judiciais.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mas como? Apenas 291 processos? É muito pouco, quase nada… Do jeito que as pesquisas estão, já era para haver milhares de processos denunciando irregularidades. Na verdade, não há mais institutos, porque se tornaram fábricas de pesquisas, especializados em produzir resultados “a ala carte”, como os restaurantes de bacanas, onde não se pode gritar pega ladrão, como dizia o general Augusto Heleno, porém não diz mais.