É algo inconcebível como existem pessoas que disputaram as eleições municipais e que insistem em manter acesa a fogueira de divergências pessoais e políticas por não saberem que quem perdeu perdeu e quem achou é seu.
Tem gente aqui entre nós, no Crajubar, que acredita que vai mudar o curso da derrota com bravatas e gritos, promover postagens inconsequentes nas mídias digitais, enfim, achar que o melhor é boicotar a vitória do adversário, quando na realidade está a promover um triste desserviço para a população de seu seu lugar.
Os caras não sabem como virar a página! É preciso saber ganhar e perder com dignidade. A maioria demonstra falta de educação cívica ao deixar de num simples telefonema parabenizar o vencedor, desejando que faça um profícuo governo para felicidade geral de sua cidade e sua gente.
A disputa eleitoral foi estabelecida sob regras testadas historicamente, consentidas pelos postulantes e partidos, e fiscalizadas por um sem número de interessados.
Mas não, preferem se guiar pela teoria da conspiração, mas sabem o que acontece com essas figuras? Terminam por perder o prumo político e tendem a ser substituídas por outras lideranças que costuma sempre aparecer em cada eleição. Ou vocês acham que somente os que ganharam o poder tendem a cair nas armadilhas que levam ao desgaste? Discurso do ódio, da não aceitação da derrota também carrega o cidadão para fundo do poço.
Os vencedores agora precisam de tempo e união para transformar os sonhos da campanha em ações concretas. Aos perdedores cabe o recolhimento, saber a hora de cobrar e não bem antes do carinha assumir pôr em prática o discurso da insatisfação típica dos derrotadas já está na ponta da língua. Bom não esquecer que enquanto os cães ladram a caravana passa.(royalties para o saudoso e famoso colunista Ibrahim Sued)
É certo que faltará dinheiro para tantas benesses prometidas. As negociações políticas com o puxa daqui e encolhe dali do orçamento darão forma aos projetos dos futuros governos. Críticas devem ser bem-vindas.
Os perdedores precisam respirar, cicatrizar as feridas da disputa, tratá-las com elixir de serenidade e recomeçar na conquista de seguidores para a próxima ronda. Deixem a vaidade ao costado, ela lhes asfixia no pensar.
Ao mesmo tempo, a sociedade precisará mudar a forma de reagir ao dissenso. Eu não sou seu inimigo, apenas não concordo contigo.
As pessoas precisam escoimar o maniqueísmo doentio que estabeleceu o “nós contra eles” como combustível das relações sociais.
Apalermados, os grupos se refugiam nas suas câmaras de eco e se energizam ao colher informações desconectadas da realidade. Tomam-nas como verdade e repassam para a lista de contatos.
Largue o celular uma semana e você perceberá que nada perdeu de importante com as discussões digitais dos grupos de trabalho, futebol, família, condomínio.
Isso sim é importante.