Carlos Newton
A plataforma X já voltou ao ar no Brasil, o empresário americano Elon Musk está prestes a se tornar na matriz USA o primeiro trilionário do mundo e agora poderá dormir melhor, depois de terminada essa humilhação que sofreu ao ser enfrentado por esse fenômeno tropical chamado Alexandre de Moraes, um ministro de Supremo pró-ativo e sem limites, dotado de alta criatividade e capaz de criar suas próprias leis e ritos processuais.
Em meio a essa milagrosa volta do X, que chegou a descabelar o ministro brasileiro, as eleições municipais aqui na filial Brazil intensificaram a discussão sobre o futuro das redes sociais, com seus sensacionais influencers e coachs de toda sorte, enfrentando-se em disputa daqueles 15 minutos de fama do artista multimídia Andy Warhol, que acaba de se tornar criador da pintura mais valiosa da História (excluindo, é claro, as Monas Lisas e outras preciosidades, que não podem pertencer a ninguém, nem mesmo a figuras exóticas como Elon Musk.
TERCEIRA GUERRA – Por causa dessas malditas redes sociais e de fenômenos como Pablo Marçal, o pastor paulista Silas Malafaia praticamente declarou a Terceira Guerra Mundial contra Jair Bolsonaro, que nem conseguiu esboçar reação.
Nestas horas, é preciso tranquilidade e bom senso. Realmente, houve muitos vereadores e até prefeitos que se elegeram surfando na onda das redes sociais, mas outros experimentados fenômenos tiveram um retrocesso brutal, como a ex-deputada Joice Hasselmann, derrotada com menos de 2 mil votos, e o ator Alexandre Frota, que só conseguiu virar vereador em Cotia (SP), vejam a que ponto decaem os fenômenos das redes sociais.
Em meio a essa confusão, destaque-se que nada abala a velha e boa imprensa. Está destinada a ser cada vez mais importante, porque é o melhor antídoto contra as fakes news e a desinformação. Mais alguns anos e a sociedade perceberá que só é notícia se sair na grande imprensa – ou seja, nos portais da grande imprensa na internet.
NADA MUDARÁ – É claro que a imprensa estará cada vez mais sujeita a ser manipulada por grandes grupos e interesses econômicos. Em contrapartida, sempre existirá a imprensa alternativa, que funcionará sob o signo da liberdade, para colocar as coisas em seus devidos lugares e fazer as traduções simultâneas.
Por isso, agradecemos muito aos amigos e amigas que se unem a nós nessa utopia de manter uma imprensa livre, que seja mais confiável e respeite realmente o direito das minorias, como a democracia propõe. Mas essa posição de absoluta neutralidade nem sempre é entendida assim.
“É preciso respeitar a lei que protege nossos inimigos”, dizia Ruy Barbosa, argumentando: “Quando houver alternância e nossos inimigos assumirem no poder, são essas leis que nos protegerão”.