NESTAS ELEIÇÕES HÁ VANTAGENS DOS ATUAIS PREFEITOS E INFLUÊNCIA NACIONAL LIMITADA

Bruno Boghossian
Folha

Os ventos da política mudam, mas algumas convenções ficam intactas. Nas eleições municipais, a tradição dá aos prefeitos uma vantagem para conquistar a reeleição ou fazer um sucessor. A cartilha diz também que padrinhos nacionais apitam pouco, e que o buraco na rua e a fila do posto de saúde são mais importantes.

As eleições de 2024 vão testar alguns dogmas da política municipal. A expectativa de contaminação do processo pela polarização nacional talvez seja o tema mais recorrente antes da votação de outubro.

PERFIL ELEITORAL – Uma pesquisa feita pelo instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes indicou como os eleitores pensam: 31% dizem que têm mais chances de votar num candidato ligado a Lula; 20% afirmam o mesmo em relação a Bolsonaro; 15% preferem um nome contra ambos; e 28% se declaram indiferentes.

Ainda que a filiação às linhas políticas desses líderes tenha se tornado quase um fator de identidade para boa parte do eleitorado, há razões para o ceticismo. A não ser em cidades onde há um esforço objetivo de nacionalização, como São Paulo, máquinas municipais e políticos locais continuarão sendo determinantes na hora do voto.

A mesma pesquisa mostrou que 51% dos eleitores dizem querer uma mudança em relação ao atual prefeito do município, enquanto 34% declaram preferir a continuidade da administração.

NA RETA FINAL – O número diz mais sobre o humor de um eleitorado disposto a cobrar resultados dos políticos eleitos do que um sentimento contra os establishments locais. A ausência de sinais de uma onda de ruptura e o dinheiro despejado pelo Congresso nas prefeituras devem favorecer reeleições e a manutenção dos mesmos grupos políticos no poder.

Uma tradição, em especial, parece imbatível: a maioria dos eleitores deve decidir o voto para prefeito nas últimas semanas ou nos últimos dias de campanha.

Até aqui, 41% dos eleitores dizem saber em quem votar. Outros 54% não sabem ou não conhecem o cardápio de candidatos.

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Um dia acordei para ‘jornalizar’ a vida com os meus leitores. Nesta época trabalhava no extinto jornal Tribuna do Ceará, de propriedade do saudoso empresário José Afonso Sancho. Daí me veio a ideia de criar o meu próprio site. O ponta pé inicial se deu com a criação do Caririnews, daí resolvi abolir este nome e torna-lo mais regional, foi então que surgiu O site “Caririeisso” e, desde lá, já se vão duas décadas. Bom saber que mesmo trabalhando para jornais famosos na época, não largava de lado o meu próprio meio de comunicação. Porém, em setembro de 2017 resolvi me dedicar apenas ao site “Caririeisso”, deixando de lado o jornal Diário do Nordeste, onde há sete anos escrevia uma coluna social…

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