No período que se encerrou em fevereiro de 2024, a taxa de desemprego atingiu 7,8%, subindo 0,3 pontos percentuais em relação ao trimestre que acabou em novembro de 2023. Este é o nível mais alto desde agosto do ano anterior. Apesar do aumento, esse índice ainda está inferior ao registrado no mesmo período móvel do ano passado. À ocasião, a taxa estava em 8,6%. Esses dados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE.
Adriana Beringuy, responsável pelas Pesquisas Domiciliares do IBGE, deu a versão do órgão. “Isso se deve ao retorno de pessoas que anteriormente haviam interrompido sua busca por emprego em dezembro e retomaram essa busca nos primeiros meses do ano seguinte”.
O número de pessoas em busca de trabalho alcançou 8,5 milhões, com um aumento de 4,1% em comparação trimestral, equivalente a mais 332 mil pessoas buscando ocupação. Foi o primeiro aumento desse grupo desde o trimestre encerrado em abril de 2023. Apesar do crescimento, o número de desempregados ainda ficou 7,5% abaixo do registrado no mesmo período móvel de 2023 (9,2 milhões de pessoas).
O aumento na taxa de desemprego foi especificamente devido ao aumento na busca por trabalho. Isso porque, de acordo com a pesquisa, o número de pessoas empregadas no país permaneceu em 100,2 milhões. Dessa forma, não há a variação estatisticamente significativa em comparação trimestral. Além disso, essa população empregada está 2,2% acima do contingente registrado no mesmo período móvel do ano passado (99,1 milhões de trabalhadores).